A composição da chapa PSDB e PFL aponta para o óbvio. A aliança do café com as oligarquias nordestinas. Como o PFL é a expressão política destas oligarquias não-tão paroquianas como Severino e Cia., ao que tudo indica, o vice de Serra será o senador José Agripino Maia (RN).
A legenda que na verdade é uma coligação de partidos regionais, como e o caso do PMDB, deixou seu flanco aberto no nordeste. Neste espaço entra Serra e sua possível articulação com o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. Como se sabe, Pernambuco e Bahia polarizam a política nordestina, sendo que os pernambucanos tem mais ligação com a Região do que a Bahia.
Vasconcelos pode entrar na disputa interna do PMDB justo para melar a disputa. Se sair vitorioso, o que não acontecerá, renuncia. Mas, qualquer quantidade de apoio que o governador de Pernambuco retire de Garotinho, será bem vinda para Serra.
Se tal suspeita se comprovar, tal disputa é uma dupla arena. A rivalidade intra-nordestina, disputando espaço no futuro governo, caso Serra ganhe de Alckmin por dentro, e depois de Lula nas urnas. A arena de fundo, é a interna do PMDB, onde Garotinho teria sua projeção bloqueada pela fração mais paroquiana das oligarquias estaduais do Nordeste.