Com esta Nota, encerramos o breve ciclo de reflexões e homenagens a partir do presenciado em terras do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Indo além do que os olhos treinados observam, a leitura voraz de jornais locais ajudam a compreender de maneira suficiente para uma primeira impressão, aquilo que reflete do modo de vida e dominação em sociedade naqueles 3 estados e destes, para a Região.
Interessante observar que a tecnologia dominada neste país, tem know-how absurda e de volume ainda sub-utilizado. A riqueza jorra e vai literalmente pelo esgoto. Somente um programa de coleta seletiva, lavagem e um primeiro beneficiamento do coco poderia gerar renda para milhares de habitantes nas regiões metropolitanas das capitais destes estados. Catadores urbanos e semi-urbanos, organziados através de movimento popular como o MNCR, poderiam solucionar o problema crucial e crítico da coleta nestas capitais.
Voltando a matéria prima, da fibra do coco sai tecido e dezenas de outros produtos derivados. Do caju, outras duas dezenas de derivados. Não chegava a ser nem agro-indústria, pois nas próprias zonas metropolitanas são ocupadas por vastas áreas ainda verdes.
O turismo é indústria branca e nem tão limpa; e termina poralterar o costume e o comportamento da população. O turismo controlado, se somado a um ciclo de agro-indústria, geraria uma riqueza sem-fim. A tecnologia nacional empregada hoje em escala ínfima poderia ser o laboratório para este desenvolvimento. O fundo para a mesma se encontra de forma residual nas favelas e periferias do Rio, São Paulo e no Distrito Federal.
Entro no tema na próxima e última Nota no tema, esta sim totalmente propositiva. O poder popular pode renascer na fibra do coco e da bananeira.