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O 2º turno e a projeção internacional do Brasil

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A publicação neo-neo The Economist observa atentamente os rumos da 7a economia do mundo e a possibilidade de aumento de ganhos para os capitais voláteis

Bruno Lima Rocha, 26 de outubro de 2014

 

O país arde nos embates político-midiáticos. De um lado temos uma coalizão de centro-direita, encabeçada pelo PT e coligada com os oligarcas de sempre, que governa a partir de alguns pilares: keynesianismo tardio; bismarckismo tropical; pacto de classes e uma garantia de ganhos para os bancos, fundos de pensão e especuladores. De outro, a selvageria da restauração neoliberal, PSDB à frente, querendo impor regime de caixa, enxugamento dos gastos do Estado e sua máquina pública, além de voltar os ganhos quase que exclusivamente para o capital volátil (financeiro, especulativo) e sem política industrial alguma. Diante disso, como fazer tanto a crítica por esquerda do processo eleitoral e, ao mesmo tempo, formular uma posição distante do grande jogo do capitalismo no Sistema Internacional?! Não é tarefa fácil.

 

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O alinhamento do Brasil é uma das pautas em jogo nesta campanha. Esta é a razão de um dos arautos do neoliberalismo, a poderosa publicação inglesa The Economist, indicar o voto em Aécio Neves. Mais especificamente, este veículo que é porta-voz oficioso do capital financeiro, assim como o Financial Times (outra voz midiática da praça financeira de Londres), ou o Wall Street Journal (este operando em NYC), desejam ardorosamente a condução de Armínio Fraga à frente da 7ª economia do mundo. Não é à toa.

 

Hoje o Brasil é essencial ao G-20, é líder regional na América do Sul e Latina, parceiro preferencial da África do Sul (que sozinha é quase a metade do PIB africano) e Estado pivô no desenho dos BRICS. Tal rumo não foi criado pelo lulismo, embora as cabeças pensantes da Política Externa Independente (PEI) tenham sido catapultadas à condição de formuladores de política de Estado nos últimos três governos. O Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores, MRE), sempre fora atravessado por duas formas de ver a diplomacia e a posição brasileira. Uma é mais alinhada ao Ocidente e a potência de turno, fosse a Inglaterra, em segundo plano a França e desde o pós-guerra, os EUA. Outra, a Independente, vem oscilando entre tons e ações de envergadura, sendo esta PEI ressaltada nos governos de Jango, de Geisel e na era Lula-Dilma.

 

O que está em jogo no segundo turno das eleições presidenciais é o controle quase integral dos recursos da 7ª economia do mundo. Em escala planetária, trata-se de dois choques dentro do capitalismo. Um aponta para uma mudança de eixo da expansão capitalista, atravessada pelo crescimento de China, Índia, Rússia (em um nível intermediário), seguidos de Brasil e África do Sul. Outro eixo, o de domínio financeiro, é marcado pela conexão Nova York-Londres e opera a partir do capital financeiro e volátil.

 

Ressalto que aqui não está em jogo um projeto socialista ou mesmo de crescimento sustentável com protagonismo dos povos. São dois projetos capitalistas, sendo que no primeiro o Brasil se desenvolve e cresce dentro dos marcos do sistema e suas mazelas. Também não indico voto. A alternativa para os povos está longe da formas de globalização capitalista.

 

Artigo originalmente publicado no Jornalismo B, segunda quinzena de outubro/2014






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