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A crise de identidade na interna petista

atitudetocantins

Os dirigentes da foto reforçam a cultura política representada pelo comando de Rui Falcão à frente da outrora maior legenda reformista da América Latina.

14 de novembro de 2013, Bruno Lima Rocha

 

As eleições diretas para todas as instâncias do Partido dos Trabalhadores apresentam os dilemas da crise de identidade. O direito a participação interna foi reinterpretado como um mecanismo de controle, conforme as evidências. Os números, trazidos à tona através de denúncia dos candidatos derrotados à presidência, Valter Pomar (Articulação de Esquerda) e Markus Sokol (O Trabalho), afirmam o conceito de exército eleitoral de reserva. Em 2009, foram 510 mil eleitores e no domingo (10/11), apenas 480 mil de um universo de 806 mil. Curioso foi o aumento dos capacitados a voto. Segundo consta em matéria de O Globo (11/11/13), as mensalidades de 311 mil filiados foram pagas no último dia de habilitação. Ainda assim o comparecimento diminuiu.

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No jargão de esquerda, esta manobra resulta na formação de “boiada”. Gente com baixa politização e arregimentada para um propósito único. No caso, a alegação das correntes derrotadas, o motivo seria reeleger Rui Falcão, apoiado por Lula e o Campo Majoritário. Fica assegurado o controle do diretório nacional para uma prática que leva a intervenções em estados que não cumpram com as obrigações táticas na montagem das alianças eleitorais. Em suma, segundo a “esquerda” petista restante, perde espaço na política partidária, diminuindo a existência autônoma da sigla.

 

Quando fundado, a maior legenda reformista da América Latina vinha tanto de uma crítica ao stalinismo como rejeitava as organizações de vanguarda. O lema era construir um partido de massas, mas com democracia interna e direito a formação de tendências semi-autônomas. Na esteira da redemocratização do país, o PT torna-se a hegemonia da década de ’80, acumulando os frutos do novo sindicalismo (denominado de autêntico) e deixando em segundo plano as antigas legendas que compunham o bloco pelego-sindical, como PCB e PC do B. 

 

Uma década no Planalto e o desvio tornou-se característica. Seria leviano afirmar que toda a militância petista resume-se a sanha por cargos e posições nos governos e gabinetes. Ao mesmo tempo, não se pode dizer que a legenda continua à esquerda da política e a serviço das causas populares que motivaram sua fundação. Ao que parece, a vocação para o poder dentro dos marcos da democracia representativa e do Estado capitalista, reorganizou as mentalidades, esvaziando a vida interna das correntes, reforçando os caciques. Assim, o dirigismo tão combatido na década de fundação, torna-se o padrão de comportamento, mesmo para a “esquerda” do partido.

 

Comentário final: Este texto teve sua primeira versão escrita na tarde de 3ª, 12 de novembro, e foi publicado no blog de Ricardo Noblat na tarde de 4ª, 13/11. Em paralelo o STF decretou a prisão imediata de 11 dos 25 réus da Ação Penal 470, o chamado Mensalão. Dentre eles, constam os nomes de José Genoíno e José Dirceu. Ambos representam o tipo de controle interno e crise de identidade e vocação narradas no artigo acima.






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