Incrível como a memória de alguns camaradas torna-se curta quando é conveniente. A morte trágica do comandante Rolim, ao lado de sua secretária e não da esposa. Viajou e caiu na companhia da gerente da empresa, Patrícia de Santos Silva.
Voltava de um suspeitíssimo churrasco de confraternização na fronteira do Paraguay, na altura de Pedro Juan Caballero. Rolim fora hóspede de um sujeito conhecido como o Rei da Coca da fronteira paraguaya, e morrera “acidentado”, em um helicóptero seguro. Pode até ser coincidência, mas macabra, pois foi a mesma mortis operandi assim como o foi o filho de Carlos Saul Menem.
A TAM comprara a empresa Lapsa, Líneas Aéreas Paraguayas, e um envolvimento profundo com o ex-presidente Wasmosy. Em tese, estaria se dirigindo a Asunción del Paraguay, para publicar um livro ligado a vida de Francisco Solano López. Outra versão, também afirma que o ex-piloto de garimpo iria conversar com empresários estadunidenses na capital guarani. O inquérito policial, feito por autoridades paraguayas, teve uma conclusão burocrática e procedimental.
A memória da TAM é importante e está além da fofoca da história recente. Muitos “mistérios” pouco ou nada resolvidos aconteceram durante os 8 anos de mandato de FHC. Este mesmo padrão de excessiva cobertura superficial jornalística, que tudo apura e nada explica, tampouco pôs a Anac na parede quando no devido momento. Agora, já é tarde, e fica o jogo de empurra entre o Ministério da Defesa, a FAB, a própria Agência que substituíra ao DAC e o absurdo de que uma empresa majoritária em seu ramo, operadora de concessão publica, simplesmente se recusar a dar informação precisa.
Detalhe final, a fazenda de mais de 2000 hectares, quase que sobre a faixa de fronteira do Mato Grosso do Sul, em zona ré caliente, entre Ponta Porá e Pedro Juan Caballero, pertencia a Rolim Adolfo Amaro e seque foi periciada. Tudo coincidência, claro.