Neste momento a CNN em espanhol transmite ao vivo o ato da cumbre dos povos das Américas, ápice da contra-marcha da Cumbre dos chefes de Estado das Américas. O cenário é Mar del Plata, mas bem poderia ser Punta del Este em 1962.
Deu para acompanhar o discurso de Chavez por mais de uma hora, metade ou mais de improviso, uma fala feita para emocionar. Louvável a unidade dos movimentos populares e organizações políticas presentes. O teor emocional é forte e com certeza, a partir de hoje, a ALCA começa a ser enterrada de vez.
Há uma longa análise crítica do ato e da conjuntura para ser feita, mas não nessa nota. Neste momento, é todo um campo que se abre outra vez, fruto de mais de 10 anos de trabalho em boa parte silencioso. A disputa política dentro da oposição latino-americana ao pensamento único, o neoliberalismo e o Império são todas justas e válidas. mas, repetimos, o momento e emocional.
A unidade latino-americana é como um Diego Armando Maradona. Nada mais do que um pibe de bairro que se deu bem na vida chutando uma bola e quase leva um drible fatal da própria vida. Sabe-se que a volta ao vício, caso se dê, será fatal.
O mesmo vale para a política. Se o grau de protagonismo popular se mantiver, se o jogo do populismo for sendo superado aos poucos, os povos de latino-américa tem uma chance no início do século XXI.