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O Conselho contrário ao Meio Ambiente


No leito do Arroio Grande o sol cai sobre o espelho d’água. O Arroio deságua na Lagoa Mirim, e oferece recurso hídrico em abundância para ser sugada pelas plantas de eucalipto.



Após batalha jurídica, na noite do dia 9 de abril (última quarta-feira), o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) aprovou o Zoneamento para a Silvicultura. A gritaria e o protesto do Ibama, de ONGs, a ausência dos técnicos da Fepam e Fundação Zôobotânica, nada disso adiantou. Sendo justos, não faltou foi sinceridade de parte dos porta-vozes das papeleiras. A diretora-presidenta, Ana Pellini, assumiu em entrevista dada para a Ecoagência haver pressionado os servidores da Fundação. O ambiente estava tão carregado que a liminar da Agapan foi cassada durante a própria reunião! Ah, detalhe, o Conselho tem maioria de votos do governo do estado, portanto, favoráveis à silvicultura.

Quero observar nesta Nota o limite do jurídico e do político. Na ausência de confronto de idéias, a coisa se desenrolou em pugilato de liminares. Para encurtar a história, a Procuradoria Geral do Estado entrou com tudo para aprovar sim ou sim a medida que beneficiava as papeleiras e seus associados político-eleitorais-econômico e ideológicos aqui na Província do Eucalipto.

Como minhas afirmações factuais nada mais são do que o demonstrado no Programa Conversas Cruzadas (Canal 36 UHF, com Lazier Martins na cabeça, canal pertencente ao Grupo RBS, comandado por Pedro Parente) quero escapar da redundância. Peço a liberdade de ensaio para fazer uma série de ilações, uma vez que a tela do computador aceita tudo....

Passando por Pelotas, um Quero-Quero ainda altaneiro me contou que o papel branco, pronto para impressão de material de propaganda e campanha eleitoral, virou moeda de troca e de gentileza entre “autoridades” municipais e as empresas atuantes na área. Na região de Pelotas, Herval e Arroio Grande, a papeleira atuante é a Votorantim Celulose e Papel (VCP). Se instaurada uma fábrica, é investimento para durar até 28 anos, ou seja, quatro cortes de eucalipto e o esgotamento da água na região.

A Metade Sul receberá a maior carga de investimentos na produção de eucaliptos, dadas suas grandes extensões de terra e abundância de água. Isto em alguns lugares, porque em Bagé a seca e o racionamento já é crônico. Com certeza, ao invés de aumento na fiscalização, o que acontecerá será o relaxamento da pouca incidência do Estado sobre o tema. A lógica da política é cruel. Qualquer agente econômico, sem um órgão coletivo e autorizado a regulá-lo, ganha lógica própria, faz o que quer e não presta contas para nada nem ninguém. Basta olhar a extensão do eucalipto no Uruguai para compreender a gravidade da afirmação.

Esta Nota foi originalmente publicada no portal de Claudemir Pereira.

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