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ISSN 0033-1983
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Análise da conjuntura do Brasil dos protestos


Estamos há passos de uma vitória sem precedentes, com a possível conquista de uma Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Gente, para refletir,para além da conjuntura do RS.


1) O MPL se massificou e transbordou a organicidade que havia após 8 anos de acúmulo e muito debate via rede. Ao transbordar, quem veio tinha pouca ou nenhuma experiência política prévia, e trazia indignação e uma certa frustração por não poder se envolver nas decisões coletivas.
 

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2) Este é o paradoxo atual. Discute-se muito e debate-se pouco. A pasmaceira responde a uma soma perigosa. É o vácuo de representação coletiva através de um Congresso mal apreciado, no mínimo, desde a Reforma da Previdência em agosto de 2003; somada com a traição do partido reformista em nome da tal da governabilidade e, por fim, pela ausência de projeto de sociedade, de país ao menos.
3) Os movimentos populares se encontram fragmentados, aliciados pela União, mais perto de projetos institucionais do que de pressão das ruas. A ausência de uma unidade sindical da esquerda também ajuda a esvaziar. UNE x ANEL x um montão de gente fazendo M.E. solta ajudam também.
4) Quem desorganizou o tecido social foi o PT e seus dirigentes nacionais; ou seja, se tem direita na rua, esta é a direita que não é governo. Quem pôs a ARENA no poder, as Empreiteiras, o Sistema Financeiro, as Montadoras, o Agro-negócio e o Latifúndio, para dentro do governo "em disputa" foi o PT. Este governo não é menchevique, é de direita mesmo, mas desenvolvimentista, numa mescla de keynesianismo tardio e relação dúbia com o capital financeiro (Consenso de Brasília, segundo a literatura de relações internacionais e economia política internacional).
5) A Copa das Confederações foi o barril de pólvora que faltava, somada a luta justa pelo Passe Livre, para aproveitar a energia acumulada na web e largá-la nas ruas. Ajuda neste aproveitamento, e muito, as revoltas da Turquia e Espanha, além da continuidade da luta na Grécia, incluindo Occupy Wall St.
6) Quem trouxe o civismo para o centro do debate foi a mídia comercial, existindo uma profunda diferença entre não ter os partidos políticos (eleitorais ou não) à frente das lutas do que tê-los junto, disputando na base, através de suas frentes sociais. O discurso sem partido e cívico é a porta de entrada do integralismo, ou da política de direita esvaziada, e deve ser combatido.
7) Estamos há passos de uma vitória sem precedentes, com a possível conquista de uma Política Nacional de Mobilidade Urbana. Agora, toda força política que sair da rua, fará coro com a direita (dentro e fora do governo), com o governo (que também é de direita) e com a mídia comercial (que é a síntese da direita ideológica). Se apertar, sai conquista. Falta pouco, bem pouco.

Saudações libertárias, de Porto Alegre, Bruno Lima Rocha






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