Sigo no diálogo virtual com o fiscal de tributos aposentado João Pedro Casarotto, e dirigente do Sintaf-RS
“O empréstimo intriga. Como pode um banco oferecer o dobro do solicitado após declarar que o cliente está falido? Seria um “banqueiro bonzinho”? O RS está trocando dívida em R$ por dívida em US$ na ocasião em que as operações brasileiras se realizam em sentido oposto. Nos dois primeiros anos, receberá R$900 mi (5% da dívida ativa) dando como contrapartida o “ajuste fiscal”. Nestes contratos, é notória a exigência da contratação de assistência técnica prestada pelo próprio Banco Mundial, portanto o RS terá uma instituição financeira estabelecendo as políticas públicas dos próximos quatro ou cinco governadores. Vinte anos de submissão a uma instituição financeira considerada morta e que funciona como braço do Tesouro norte-americano para monitorar a emergência de concorrentes e para instrumentalizar a imposição de condicionalidades a países endividados, segundo a definição de um brilhante tucano. Aliás, o prazo de carência é de reveladores seis anos. Um autêntico cavalo de tróia!”
O conceito de fundo que queria abordar é o da soberania. Para que eleger um governo sub-nacional se as finanças centrais sugam todos os recursos. E, como e porque o Tesouro da Nação opera como baliza dos credores. É um procedimento parecido com a CPMF. Permanecem os índices de superávit, o nível de endividamento, os compromissos com os juros e os 20% da DRU. Assim, a sangria fica firme e forte, fazendo sangria nas artérias da economia real.
A lógica da equipe econômica é sempre posicional. Não mudando as barreiras de estrutura, Yeda e Aod se ajoelhem perante o Bird; a fileira do lado, encontram também sobre o milho a Mantega e Augustín. Quem traduz a missa do economês neoliberal é Mr Meirelles.
Onde andam os cavalos e os lanceiros?? Resta-nos o cavalo de tróia, na forma de vírus afetador da moeda digital.