A revelação feita pela CPI dos Correios, de que as agências do laranja Marcos Valério movimentaram o total de R$ 2,6 bilhões entre os anos de 1997 e 2005, aponta uma estrutura concreta e operacional. A lista de instâncias do Estado, estatais e empresas públicas ou com participação pública é absurda; vejamos:
Banco do Brasil, Telemig, Visanet, Secretaria da Fazenda do DF, Eletronorte, Ministério do TRabalho, Amazônia Celular, ECT, Secretaria da Fazenda de MInas Gerais, Grupo Usiminas, Grupo FIAT, Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Ministério do Esporte eTerracap (tipo cohab do DF).
Considerando que MV deva ser um entre os 15 maiores operadores de dinheiro destinado a verbas publicitárias, verbas de governo, campanhas eleitorais, observa-se que o volume deva chegar a, apenas neste rubro de "serviço", a um total superior a R$ 30 bilhões de reais.
O PT, através da comissão-executiva do politburo instaurado por Dirceu, contratou uma equipe de mercenários da lavagem financeira, cooperando também com praças bancárias de porte médio. Recrutamento de operadores do inimigo é tradição antiga, a começar pelos oficiais cossacos czaristas que se bandearam com manutenção de postos, divisas e soldos ao Exército comandado por Trotsky e após por Stálin.
Para calcular a fortuna arrecadada por MV e seus sócios, é necessário se informar da cotação exigida por eles para a lavagem. Em geral, todos o sabem, os bancos oficiais arrecadam 40% do montante que lavam. Sabendo a percentagem de MV, saberemos quanto este arrecadou.
Não daria tempo do PT montar uma equipe de lavagem tão profissional como esta. Achou por bem recrutar ao pessoal de confiança do tucano Eduardo Azeredo.
A interdependência das operações políticas com o sistema financeiro são fato comum entre a classe política. Não é a exceção gente como MV e sim a regra. Não é uma novidade nada disto denunciado, talvez a inovação seja apenas o modus operandi do mensalão, soldo fixo para tropa mercenária ou em disponibilidade. A extrema liquidez de verbas estatais ou semi-estatais, fluidas e circulando a valer, aponta uma canalização possível e com rubrica. Verbas publicitárias, contratos de parcerias tipo as PPPs e os contratos pós-privatização.
Conclusão lógica-dedutiva com embasamento teórico analítico quase-descritivo;
Papel de Estado: financiar e refinanciar a iniciativa privada operando aparelhos estatais privatizados.
Custo: financiamento da classe política com mandato popular.
Período histórico: 1o, 2o consenso de Washington; estando-nos aproximando do Dissenso de Washington, matriz da Teoria das Portas Giratórias, onde o governo das petrolíferas financia a Casa Branca através de sobretaxa na própria população e fundamentada sobre balanços fraudulentos de empresas como a Merrill Lynch. Detalhe, empresas auditadas pela Price Waterhouse, e com vigilânca privada terceirizada por megaconglomerados como a Rand Corp e a Kroll.
Precisa dizer mais??? MV, caros compatriotas, é um homem que saíra da província e torna-se cosmopolita. Se demitido for, caso não venha a ter o fim de PC Farias, bem poderia ser contratado pela Hallyburton ou outras empresas do tipo. O único problema é que no Iraque a situação é mais delicada do que no eixo Bsb-BH.
"Fallujah aí vou eu, diria o laranja com espírito de aventura!"