Em comunicação com um parente, este modesto analista deu-se de cara com uma grande surpresa.A loja hoje mais popular de jeans e brim do Rio de Janeiro é pesada importadora de mercadoria chinesa!
Os fatos são simples e para escandalizar qualquer governante e não governicho como o que temos.Eram caixas e mais caixas de importação chinesa, oriundas do porto de Guangdong, destinadasà empresa. Não havia como equivocar-se, pois estas caixas empilhadas estavam na loja que mais vende do shopping com maior volume e circulação de pessoas da zona sul do Rio de Janeiro. Detalhe, as caixas tinham impresso na lateral maior o logo da loja, que também é a empresa importadora.
Não por acaso, dezenas de confecções populares, de onde saíam os produtos fabris desta loja começaram a fechar de dois anos para cá. O pólo do jeans na Baixada Fluminense, o distrito de Vilar dos Teles no município de São João de Meriti, onde antes abundavam confecções caseiras e familiares, hoje hiper-abunda o abundante, centenário e estrutural sub-emprego.
Qual a resposta oficial para isso?! Pouca ou nenhuma. Ninguém coíbe as importadoras, a não ser quando aplicam penas bem dadas como no caso da Daslu. Mas, não é de fatos políticos que uma economia se corrige.
A mão de obra escrava chinesa é uma postura oficial do Estado dos Mandarins. A criação das Zonas Especiais de Exportação, plataformas continentais a partir de Fujian e Guangdong, são outra opção da burocracia dos sucessores de Deng Xiao Ping. Operando no vermelho, optam pelo prejuízo a curto prazo para ganhar o mundo com manufaturas e produtos industriais de baixíssimo custo.
Cabe a pergunta: "Como política de Estado, que postura e quais medidas concretas vem tomando nossos governos nos últimos 10 anos a esse respeito?!".
Caros e abnegados leitores, os fatos neste caso narrados são a síntese para a pergunta. A omissão também é e sempre foi uma opção política.