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A Ação Penal 470 e a derrota da esquerda

g1

A trajetória original deste homem, José Genoíno, fichado pelo DOPS em 1968, contradiz o destino do deputado federal e ex-presidente nacional do PT, hoje preso no semi-aberto do Complexo da Papuda. Na foto consta um militante que veio a ser preso político. Hoje, trata-se de outra causa.

21 de novembro de 2013, Bruno Lima Rocha

 

A esquerda brasileira teve seus referentes forjados na geração que rompeu com a linha de Moscou e confrontou a ditadura sem aderir ao bipartidarismo fajuto dos militares. Hoje José Dirceu e José Genoíno não estão nas matas do Araguaia, em aparelhos clandestinos de Rio e São Paulo, não passam agruras nas masmorras do DOI-CODI ou intentam retornos do exílio cubano. Compartilham uma ala do semi-aberto no Complexo da Papuda, em Brasília, arrolados na mesma Ação Penal com um homem da tropa de choque de Collor, banqueiros, publicitários com agências duvidosas e estão respondendo por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção. Como dói escrever isso.

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Sejamos francos.  Não foi a primeira vez que houve compra de voto singular no Brasil pós-ditadura e ninguém do Centrão da Constituinte ou da base governo FHC quando da emenda da reeleição foi condenado. O processo de formação de maioria através de remuneração regular foi inventado no governo tucano mineiro do hoje deputado federal Eduardo Azeredo, quando de sua campanha para reeleição em 1998. Após o episódio do PT, veio o DEM retomando o nefasto modus operandi durante o governo distrital do ex-senador José Roberto Arruda. O Supremo tem o dever de julgar o caso mineiro e proceder com a punição adequada.  Senão, entrará para a história como uma corte de julgamento político, sendo liderada por um procurador com ímpetos bonapartistas. 

 

Confesso que o tema é cansativo, mas a responsabilidade nos obriga a fazer a crítica por esquerda, dos caminhos absurdos tomados por ex-socialistas após se institucionalizarem fixando dois objetivos.  Primeiro, a vitória eleitoral a qualquer custo, e esta veio pela conciliação de classe, com direito a campanha de Duda Mendonça e propaganda de dupla sertaneja. Depois, seguiu-se com a tal da governabilidade e o presidencialismo de coalizão. Este teve (e tem) um preço alto e complexo, passando por loteamento de ministérios, Caseirogate e a agenda de Jeany Mary Corner, além de atos como os que resultaram na condenação.

 

Para alimentar o andar de cima, pacotes de “bondades” empresariais e lucro líquido estratosférico para bancos e agro-negócio. Já para acalmar o andar debaixo, uma crise de representação social e a derrota ideológica encarnada em dois dirigentes rodeados do pior do Brasil, matando no peito o abandono de seu líder “autêntico”, Luiz Inácio, e tomando como tarefa histórica operar no jogo sujo da política como ela é. Esta derrota ideológica vai demorar a cicatrizar. 

 

Este artigo foi originalmente publicado no blog de Ricardo Noblat






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