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Reflexos da função do Estado no neoliberalismo e a cancela maldita da acumulação absurda


A imagem acima é da série “o capital operando no Brasil sem mais delongas ou floreios. Sinceridade na imagem e na acumulação”. Depois algum gênio vem teorizar sobre o embate entre Estado e capital. A Via Fácil prova o contrário.



Lendo o Jornal do Comércio (RS) de hoje (2ª, 29 de outubro de 2007), me deparo com uma nota curta e despretensiosa, página 40, última deste jornal portoalegrense. Seção Fechamento, no pé da página, um título chama para “Rodovias”. Saltaram aos olhos os números do “setor”.

A movimentação por estradas cresceu 18% entre 2002 e 2006. Ou seja, a rodagem dos 657 milhões de veículos no Brasil foi de menos de 1/5 do montante. Simultaneamente, o “setor” crescera em lucro 80% em relação a 2002. A concessão de rodovias (pedagiadas por tanto) movimentou R$ 5,6 bilhões. Ufa!

De forma sutil e sem a devida análise, o porta-voz dos capitais que operam no Continente de São Pedro, louva discretamente o lucro no setor. Conforme escrevi no artigo para o Noblat referente ao lucro dos bancos e a continuidade política, esta é a estabilidade possível e “desenvolvimentista”.

Quando o rendimento sobe 80% e a movimentação cresce apenas 18%, tem mais de 52% de gordura para queimar ainda. A superexploração do setor abriu fôlego para a operadora española (vamos abordar o tema no próximo boletim) aportar uma oferta de lucro mais baixo.

Aqui no pago, o secretário de Infra-estrutura e Logística Daniel Andrade infla o peito para defender o Duplica RS. Isso em um governo subnacional à beira da falência múltipla de seus órgãos vitais para a saúde financeira coletiva. Se a obra bruta é bancada pelo endividamento crônico, enquanto o lucro líquido escorre do duplo imposto (veicular + pedágio + seguro obrigatório) por tanto se trata de um negócio sem risco.

A outra marca de continuidade se vê no correr dos anos. 2002 foi o último ano do reinado do sociólogo uspiano. Os anos seguintes tiveram como mandatário seu ex-cabo eleitoral nas eleições de 1978, o ex-metalúrgico Luiz Inácio. Muda o estilo de governo mas as margens de acumulação crescem violentamente. Sem romper com o modelo, do pacto social-liberal (UDN + PSD na pós-modernidade dos anos ’90) deu-se no acordo da Banca com os ex-militantes (de dar inveja a Rucci e cia. das 62 organizações da direita peronista).

Nunca dantes a história repetiu-se de forma tão melodramática como no período atual. A cancela do crescimento pedagiado encontra sua alma-gêmea nos embalos de Mary Jeane Córner.

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