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O padrão digital japonês e a escolha brasileira


O ministro dos oligopólios, também é amigo das operadoras de telefonia, e muito amigo dos seus amigos, como o empresário carioca Uajdi Moreira.



Por vezes, chega a ser chato, repetitivo, observar o noticiário e fazer análise de conjuntura tendo por premissa a interdependência das 3 esferas. Isto porque, com a ferramenta correta e apropriada, por inúmeras situações, o câmbio é de matizes, mas não de essência. Na disputa pelo padrão da TV digital brasileira, não deu outra.

Enquanto de um lado o BNDES acena para o financiamento da produção no Brasil de tecnologia importada, onde mais uma vez seremos reprodutores e geradores de tecnologia complementar; do outro lado da linha telefônica, o ministro da Rede Globo cai na arapuca por ele mesmo preparada. Novamente, o câncer aberto, não por Hélio Costa, mas pela ação rapinheira (com NH, lembram-se desta excrescência?) dos oligopólios das teles. Não exagero em nada, ao contrário, suavizo palavras para não parecer que estamos na Popular do Gigante da Beira-Rio. Leiam o Noblat de hoje e verão o fio da meada, cujo novelo, daria em vários carneiros.

Vejamos, se de um lado o BNDES acena para o óbvio, é sinal que financiamento da cadeia brasileira de semi-condutores sempre houve. O problema não é financiar, mas financiar a pesquisa de quem? Atendendo aos interesses de quem? Uma tecnologia gerada em consórcios público-acadêmicos, cujos pesquisadores de ponta, em que pese às contradições internas, fazem parte da Frente Brasileira pela Rádio e TV Digital Democráticas, torna-se um espinho nos mocassins italianos de quem os calça. E se de outro, a novela das Teles continua, levando gente séria a não saber o que é mais daninho (de novo com NH), se as operadoras de telefonia privada transnacional ou o oligopólio de comunicação ainda brasileiro. Nos resta saber, onde estão os interesses do povo brasileiro e quem os defende?

Na outra ponta da linha, a agência herdeira do Departamento de Controle de Telecomunicações, Dentel, hoje Anatel, continua usando e abusando de poder discricionário e ilegal. Assim, a ilegalidade do Estado atua como financiador dos oligopólios e das transnacionais, aplicando o rigor da lei em uma área cujo ministro é suspeito de seríssimas acusações. Entocados no alto dos morros, com estúdios semi-fechados, transmitindo sob o risco permanente da busca, roubo, apreensão dos equipamentos e processo e prisão ilegal dos ativistas, as rádios comunitárias confrontam-se com uma conjuntura que faz pensar no Serjão e no Mendonção como pessoas “tranqüilas” e pouco agressivas.

Na TV digital veremos o subproduto do desenvolvimento dependente, financiado com dinheiro público. O mesmo dinheiro, fruto do botim impositivo, sugado ora para a jogatina da dívida, noutras para refinanciar um modelo de negócios quebrado e sustentáculo da democracia procedimental e a cada dia menos confiável. A esperança está nas 15.000 emissoras de rádio-difusão comunitária, que mesmo com todas as contradições, fazem o único contraponto aceitável para uma sociedade como a nossa.

Me perdoem a indignação, amigos e respeitados leitores, mas sem este ingrediente ninguém vive nem analisa, só vegeta e repete e repete e repete, até chegar a crer que a mentira mil vezes repetida, torna-se meia verdade tolerável.

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