Deu no Jornal do Comércio de Porto Alegre, edição de 19 de outubro de 2005, página 22. O presidente (brasileiro) do Citigroup no Brasil, Gustavo Marin, admitiu na CPI do Mensalão ter mantido diversos contatos com o ministro da Fazenda Antônio Palocci. Seriam encontros comuns na função empresarial, segundo o CEO do banco yankee.
A toda-poderosa secretária de Estado dos EUA, a cientista política Condoleezza Rice, teoriza bem a respeito. Diz a dama de ônix que as portas entre grandes corporações empresariais e o 1º escalão do Estado devem ser como grandes portas giratórias. Relações fluidas e cooperativas devem passar, defende e pratica a sra. Rice.
No Brasil, a máxima vale. Também afirma Marin que o Citybank não teve nenhuma relação com a operação de espionagem da Kroll sobre os telefones do chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken. Mas, isso não resolve nada.
O diretor de serviços financeiros da Kroll no Brasil, Eduardo Gomide, assim como seu diretor de serviços de inteligência, Vander Giordano, são brasileiros de nascimento. Gustavo Marin e Daniel Dantas também. Fossem os 4 julgados, de acordo com as leis brasileiras, como mandantes e cúmplices de espionagem contra o Estado, e esse tipo de operações diminuiria. Mas, reconhecemos que isso é tão difícil quanto uma baixa considerável das taxas de juros.