Dando sequência ao tema, partimos para uma idéia propositiva. Os estados da Região bem poderiam instalar agências de captação de recursos, cujo público alvo são os próprios conterrâneos que migraram para o Sudeste, para o DF e para outras Regiões. O Norte, por exemplo, vêm sendo povoado há mais de 100 anos por retirantes nordestinos. Uma empresa tipo mista, com recursos do BnB, dos Bancos estaduais que ainda restaram e vinculadas às secretarias estaduais de comércio, indústria, agricultura, pesca e desenvolvimento do NE.
A baliza e garantia desses recursos captados, bem poderia sair do mesmo BnB e fundos adjuntos. Os mesmos recursos do Fundo Constitucional para o Nordeste, que hojefinancia hotéis de 5 e 4estrelas na orla de Natal e Fortaleza, voltariam para os que esta riqueza construíram. O público alvo da captação de recursos para este micro-crédito seriam os pequenos empreendedores formais e informais e trabalhadores com economias guardadas após décadas suando. Eles existem, seus recursos também, e o país se dá ao luxo de não investir no retorno destes capitais para áreas mais que necessitadas.
Simultaneamente ao Fundo Nacional de Infra-Estrutura, o Fundo Regional de Cooperativismo, pró-Cooperativa e Agricultura Familiar, ou um outro nome semelhante, dorme em berço esplêndido esperando que a instituição bancária pública sirva para captar o recurso de Trabalhador-para-Trabalhador. Fundos de Renda Fixa, compra com taxa pré-fixada dos títulos de dívidas públicas estaduais, popupança regionalizada com ganhos acima da média nacional; váriaspropostasde solução direta poderiam ser apresentadas. O dinheiro captado seria visto como investimento com fim social e não apenas jogatina financeira oufilantropia.
Dinheiro e liquidez há obra e abunda no Brasil de hoje. Os lucros da Banca estão dados, falta é intenção e vontade política de favorecer aos que mais contribuem para a riqueza nacional.
O destino do dinheiro captado, pode ser micro-regionalizado. Não somente em um município, mas em consórcios municipais com a exigência de formação de Cooperativa ou Micro-empresa com fim social. Poderíamos projetar rapazes e moças estagiários de administração, contabilidade e economia, filhos e netos de migrantes, fazendo corretagem de valores em favelas e periferias oa invés de venderempréstimos de agiotagem oficialpara aposentados e pensionistas.
Para concluir, bastaria seguir o exemplo do velho Lua, o senhor Luiz Gonzaga, que após 4 décadas ralando com sua sanfona retorna a Exu/PE, a seu pé de serra e empreende seus recursos em sua área de origem. Homem de muita fé e talento, O Gonzagão sabia muito bem o que fazer.