Estrat�gia & An�lise
ISSN 0033-1983
Principal

Artigos

Clássicos da Política Latino-Americana

Coluna Além das Quatro Linhas

Coluna de Rádio

Contenido en Castellano

Contos de ringues e punhos

Democracy Now! em Português

Democratização da Comunicação

Fale Conosco

LARI de Análise de Conjuntura Internacional

NIEG

Original Content in English

Pensamento Libertário

Publicações

Publicações em outros idiomas

Quem Somos

Sobre História

Sugestão de Sites

Teoria



Apoiar este Portal

Apoyar este Portal

Support this Website



Site Anterior




Creative Commons License



Busca



RSS

RSS in English

RSS en Castellano

FeedBurner

Receber as atualiza��es do Estrat�gia & An�lise na sua caixa de correio

Adicionar aos Favoritos

P�gina Inicial












































Artigos
Para jornais, revistas e outras mídias

Brasil, o subimpério inacabado em profundas dúvidas


A bandeira do Império brasileiro com a família real portuguesa ainda tremula na cabeça infértil de muitos “estadistas” da mídia e das corporations ainda nacionalizadas.



A crise do gás e dos hicarbonetos na Bolívia retoma a velha discussão e práxis do Estado brasileiro em ser subimpério na América do Sul e ter como área de influência direta o eixo da América Latina e do Atlântico Sul. Essa prática política não remonta aos dias atuais, embora o centro nervoso tenha mudado da bacia do Prata e Cone Sul para o eixo amazônico.

Interessante é notar como a gritaria da mídia tupiniquim muda o foco bem ligeiro. Quando o Exército Brasileiro começa a concentrar suas tropas na zona de fronteira, quando são criados o Calha Norte, os Pelotões Especiais de Fronteira e a decisão firme de tomar como medida estratégica a resistência a uma virtual internacionalização da Amazônia Legal, a mídia em geral se cala. Vergonhosamente se cala, os ocupantes de turno em Brasília pouco ou nada fazem de real e tudo vai indo progressivamente rumo a um desastre ecológico e social.

Nossa projeção como Estado para os países vizinhos funcionou muito bem em forma de cooperação subordinada ao jogo dos EUA. No quintal do Império fomos síndicos, de ingleses e estadunidenses. Depois do fim da bipolaridade, enfim caem as máscaras. O país aproveita-se, e bem, dos vizinhos limítrofes, expele população rural, projeta nova classe dominante em províncias e estados lejanos, cria enclaves abrasileirados no Paraguay e na Bolívia, e reforça a dominação cultural através da mídia central e oficiosa.

Mas, deveriam saber os moradores do Planalto que quem lidera sustenta e financia. Toda a cadeia industrial do sul da Africa é vinculada aos ramos de produção da África do Sul. Já o era em tempos de apertheid e a partir do regime em parceria de Mandela-CNA e o FMI, tudo seguiu igual. Hoje, os vizinhos imploram pela manutenção das cadeias produtivas do ex-odiado inimigo, até para poderem escoar seus bens minerais. A política externa, quando vai além do declarativo, tem de matar no peito os prejuízos, liderar seu bloco e confrontar os interesses da região em contra as projeções da Alca e da Comunidade Comum Européia.

Caso contrário, seremos parceiros de quintal do grande irmão do norte e primos pobres neste terreno baldio do ocidente chamado América Latina; nem tão latina assim quando cholos y bolitas partem para o ataque. O mesmo país que se indigna ao ver a Bolívia reclamar de um direito histórico, finge que nada acontece quando atingimos a “auto-suficiência” em petróleo, independência esta para sustentar o crescimento de padrões haitianos que vivemos. Mesmo auto-suficientes, a política energética da Petrobras mais parece uma das 7 grandes irmãs do que uma empresa nacional.

Tínhamos é de tomar vergonha na cara e partir para dentro da Cia. Vale do Rio Doce, retomando com os periquitos de Caxias aquilo que vendemos a preço de banana, ainda por cima aceitando como garantia uma moeda podre. Como nada disto vai acontecer neste modelo de organização social, resta esperar a enchente terminar e depois cruzar o rio caudaloso manobrando uma canoa de madeira de lei. Triste é saber que outubro nada fará de distinto dos outros meses do ano. Mas, como sabiamente dizem os muros hermanos da Banda Oriental:

“Não importa o que fazemos em um domingo de outubro mas sim aquilo que somos em todos os dias do anjo!”

Parábola final: “Ou assumimos um papel determinado, ou ficamos aplaudindo a Chavez, Morales, Humala e o dança dos fantasmas de Torrijos, Alvarado, Perón dos ’50 e outros generalíssimos.”

?Y el pueblo, donde está? E o povo daqui, por que canal se manifesta?

enviar
imprimir






voltar