O ex-ministro Ricardo Berzoini, novo presidente do PT, aponta a mira para o ex-ministro da Fazenda nos 8 anos do governo FHC, Pedro Malan. O alvo foi o relatório da CPI do Proer, por sinal redatado pelo ex-reitor da USP, membro histórico do MDB dos anos ’70, ex-filiado e deputado estadual do PCB (com mandato do MDB de Ulysses) atual deputado federal Alberto Goldman (PSDB-SP).
Assim como a CPI do sistema financeiro, quando Cacciola e o dono do FonteCindam pagaram o pato pelos lucros aviltosos de 1.200 pessoas físicas e jurídicas (vejam o artigo de capa), o Proer salvou o Unibanco e nada fez pela falência do Banco Nacional para o Unibanco.
Malan segue o padrão do ex-governador Antônio Brito. Hoje, o porta-voz da doença de Tancredo é presidente do Grupo Azaléia, e, lembramos que só por coincidência, este mesmo grupo econômico foi o maior beneficiado através do Programa Fundopem durante seu mandato no Piratini (1º de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 1998).
Malan, ao sair do governo, tornou-se presidente do Conselho Administrativo do Unibanco. Talvez no Unibanco o ex-ministro, professor da PUC-RJ e funcionário licenciado do FMI tenha maior possibilidade de crescimento. Ao contrário do país que ele Governou, o Unibanco fatura e quebra recordes históricos de lucro líquido.
Malan devia esquecer as ameaças de processo contra Berzoini e agradecer a seu colega de partido Henrique Meirelles, ele próprio ex-presidente mundial do 1st Bank of Boston. Vale lembrar da máxima que todo analista político sabe mas finge não lembrar:
“Quando se governa com os bancos, são os banqueiros quem governam!”