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ISSN 0033-1983
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Para jornais, revistas e outras mídias

O avestruz da vergonha para com o combatente da mídia


Este livro foi censurado pela democracia brasileira. Não houve Lei Falcão, nem nenhum gorilismo, bastou a vontade de agentes centrais do monopólio da comunicação, que como tal e com seu peso, deformam o campo e o mercado ampliado ao seu redor.



Outrora correram pela pampa gaucha uma leva de seriemas. E não faz muito, me recordo de ver um bando circulando pela campanha, na faixa de terra (hoje asfaltada e ainda sem pedágio) que vai do Alegrete a Quaraí, na fronteira com Artigas, Banda Oriental. Na cidade nativa de Mário Quintana, um marco de pedra nos faz recordar o clarim da derrota, quando as tropas lusas de José de Abreu derrotaram ao federalista criollo José Artigas. Bem, tomei a licença poética da História olvidada para recordar politicamente de outra história escondida.

O parente mais próximo da seriema é o avestruz, e corre a lenda profana que a gigante ave enfia a cabeça abaixo da terra e assim não vê o que acontece ao seu redor. As hienas o comem e tampouco leva para o além a amargura de ver-se abandonado por seus pares. Rifado para morrer como o mais lento do bando, mira de cima a covardia de seu grupo de origem.

Tal e qual o esquecimento da derrota em pagos alegretenses e a amargura da prima da seriema, é o frio que bate na espinha ao pensar na nota de falecimento de Daniel Herz. A referência deste homem foi, significou e gerou para dezenas e dezenas de pessoas hoje imbricadas até o pescoço na luta e criação de uma forma popular e democrática de comunicação. Sua obra, cujo título e capa de livro reproduzimos acima, foi censurada como aliás, o são as obras realmente boas. O vídeo-documental, editado pela BBC, Para Além do Cidadão Kane, baseado em sua obra, pouco ou nada circulou no Brasil.

Para tristeza do gaúcho que partira, Artigas perde audiência e circulação para as tramas da telenovela das 9. Entre os blocos do Jornal Nacional, inserções milionárias do governo de turno. É a máxima da política, uma delas. O processo torna os atores a serem o que são. É o processo que define o fim, e não o fim que justifica o processo. Constrangendo estruturalmente a forma de atuação, todo um esforço dos movimentos populares do Brasil redunda em falência de um modo de fazer de política. Tal e qual o modelo de negócios do monopólio que Herz tanto combatera, e hoje vê de cima a aliança de seus antigos companheiros, postulantes de turno no Planalto, e o conglomerado da família Marinho.

Enquanto os brasileiros anseiam pelos gols do guri da Vila Nova de Porto Alegre, Ronaldinho Gaúcho, tendo ao fundo um som de pagode pré-fabricado, tudo sendo nitidamente assistido em TV de plasma, enquanto tudo isso ocorre, a mídia nacional vai sendo super-concentrada e agoniza. Que os sábios da “escolha racional” me respondam essa equação de “maximização de interesses”:

- O ex-amigo, tornando-se amigo do meu inimigo estratégico, é o que?

Adversário Tático ou Inimigo Estratégico?!

O enigma é de fácil solução, charada de 5ª, assim como a suposta análise gramsciana mal feita e sempre redundante em perda de posições e abandono de programa. Plim Plim.

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