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A “credibilidade” das pesquisas eleitorais


A geni dos institutos de pesquisas, Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope e dublê de cartola do Botafogo de Futebol e Regatas. Homem ousado, não arrisca chafudar a imagem do próprio instituto após errar tanto ao executar um mecanismo de “precisão”.



O debate sobre o efeito das pesquisas de intenção de voto no desfecho das disputas eleitorais é longo e mal resolvido. Enquanto o Brasil busca fiscalizar as condições técnicas de realização das análises, outros países proíbem a divulgação de resultados na proximidade das eleições. É fato inegável. Pesquisas são estimativas, porque não se mede opinião de fora instantânea, mas somente um retrato automático da influência.

O próprio campo científico da política questiona a exatidão dos levantamentos de opinião. Sem entrarmos em falsas polêmicas de pesquisas quantitativas X pesquisas qualitativas, o fato é que não um rigor e precisão de opinião imediata sem o mesmo grupo e controle. Opinião Publica é um tema de fundo na política e na comunicação, e não serão as pesquisas para governador ou presidente que irá sanar estas dúvidas.

Até o momento, esta prática vem sobrevivendo às críticas diante de uma margem de erro “relativamente” controlada. No Rio Grande do Sul, contudo, os desencontros dos resultados dos estudos e das urnas, a exemplo da eliminação do candidato Rigotto, abalam a credibilidade das análises eleitorais. Quando a margem ultrapassa um imite determinado, toda a pesquisa fica invalidada.

Para compreender as causas deste fenômeno, é necessário observar as mudanças recentes no comportamento dos eleitores, desencantados com a política institucional após os escândalos de corrupção no governo federal, e o jogo de interesses envolvido na divulgação dos estudos nos veículos da grande mídia. A maioria dos eleitores deixou de decidir o seu voto nas últimas semanas ou nos últimos minutos, orientados pelos resultados das pesquisas e pela cultura do “voto útil”. Isso porque a descrença dos brasileiros os torna menos suscetíveis à influência dos meios de comunicação e ao processo de fabricação da opinião pública. Trata-se de um efeito que só poderia ser identificado com pesquisas qualitativas de profundidade, em contrapartida a superficialidade quantitativa das atuais pesquisas de opinião.

Ainda assim, o estrago é grande.

Em períodos eleitorais, mais do que em outros, os grupos de mídia têm preferências políticas expressas implicitamente na publicação dos resultados. São informações politicamente contaminadas distribuídas a partir de um discurso de isenção. Ainda assim, supondo que os resultados estejam sempre corretos – dentro da margem de erro correspondente a cada instituto de pesquisa –, resta uma enorme possibilidade de enquadramentos dos resultados. Ou seja, a divulgação sempre privilegiará um determinado índice dos resultados, favorecendo um candidato e prejudicando outro, indicando quedas e subidas ou a tendências inseridas nas margens de erro sujeitas às diversas interpretações.

Pesquisas equivalem, em uma campanha política, a um atentado a bomba com efeitos retardados e imediatos.

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