O governo Tabaré Vazquez, do presidente uruguaio que é médico oncologista, está se deparando com seu pior pesadelo. Sim, ele e sua Frente Ampla, frente de partidos de esquerda que ganhou as eleições últimas quebrando com o quase bi-centenário bipartidarismo uruguaio, é obrigado a reprimir.
Simultaneamente a Contra Marcha e Anti-Cumbre de Mar del Plata, uma marcha idêntica foi convocada no centro da Montevidéu, especificamente na zona de concentração bancária e de empresas offshore conhecida como Ciudad Vieja. Como era de se esperar, um setor da marcha, justo os mais à esquerda e sem vínculos com o governo, foi para o confronto. Bancos e casas de câmbio sofreram, a Polícia e a Guarda Republicana, tropa de choque do Ministério do Interior, saiu a reprimir e prender. Resultado; ainda hoje restam 4 presos políticos no Uruguai. Acusação: subversão.
Essa sinuca de bico encurrala a sociedade uruguaia, tão parecida ao vizinho Rio Grande. Assim como no Brasil, cabe ao “socialista” Astori, ministro das finanças inspirado em Palocci executar o governo de fato. Cumpre à risca s mandos do FMI e vai jogando no limbo um capital político acumulado por décadas, precisamente 34 anos desde sua fundação. Isto num Parlamento onde o governo tem maioria. Qualquer semelhança não é mera coincidência.
Alguns temas tocam a fundo ao povo da banda oriental, e um deles é repressão política. Informações completas se encontram no CMI do Uruguai e na página central do CMI Brasil. Quem tiver curiosidade, pode começar a compreender o começo do fim da paz social no Uruguai sob a tutela da Frente Ampla.