Ontem um amigo me mostrou uma frase, fragmento de palavras conectadas entre si, e cuja mensagem me deixou baratinado. Afirmava o autor uma idéia diferenciando o jornalismo da propaganda. Algo como:
“O jornalismo é mostrar uma versão de verdade factual que desagradará a muita gente. O resto é propaganda!”
Com todo respeito aos publicitários, entendo ser isso mesmo. A edição, a pauta, a versão, a narrativa, a inversão do lide, o nariz de cera, os arroubos de literato de uns e outros, a capacidade de cronista do cotidiano, todas estas estruturas narrativas tem na verdade factual a sua matéria prima. Vista a sociedade de classes como conflituosa e em permanente disputa, é impossível agradar a todos. Mais do que isso, mesmo em uma sociedade com um fosso social menor, essa totalidade de opinião é burra e estúpida. Mais, vender um produto não é narrar uma idéia fruto de acontecimentos materiais.
Chamou tanto a atenção como os comentários editorializados logo após a ocupação do plenário da Assembléia por sindicalistas e mais que nada, professoras do Cpers. O “ataque a democracia” foi mais “pauleado” do que a absolvição dos ALBERGUEIROS...enquanto isso, Macalão, o Gênio dos Selos, que monta um esquema daquela envergadura quase-sozinho, arde no inferno astral.....
Será que algum gaúcho acredita que Ubirajara fez tudo solito? Será que algum brasileiro crê que Luiz Inácio de nada sabia?
Porque esta inverdade factual, onde qualquer raciocínio lógico pode superá-la continua a ser propagada? Isto é censura editorial, a pior de todas, irmã gêmea e melhor amiga do “interesse do anunciante”! Se assim não for, como e porque a matéria lincada nesta linha estar “desaparecida”?
Nota originalmente publicada no portal do santamariense Claudemir Pereira