O Ministério Público do Rio Grande do Sul está acusando a 12 brigadianos por homicídio triplamente qualificado. Isto se dá em função do assassinato do operário sapateiro Jair Antônio da Costa em 30 de setembro, no município de Sapiranga, Vale dos Sinos.
Os procuradores pedem prisão preventiva, alegando que estes policiais, se permanecerem soltos, poderiam inibir as testemunhas. Já a força militar estadual concluiu inquérito policial-militar e apontou a 8 acusados. De sua parte, o jornal popular do grupo RBS, Diário Gaúcho, em sua edição de domingo dia 16 de outubro, indica que são 4 os brigadianos que podem ir a júri popular.
Os dirigentessindicais do setor coureiro-calçadista, entregou o acompanhamento do caso aos parlamentares da esquerda do PT, tais como Dionílson Marcon (dep. estadual) e Tarcísio Zimermman (dep. federal). A mídia corporativa corroborou com esta postura, não vindo sequer a entrevistar nenhum militante desta categoria.
O assassinato de um operário sapateiro já levou a inúmeras greves gerais metropolitanas, isso no início do sindicalismo brasileiro. Hoje, o atrelamento das centrais aos fundos do FAT e ao próprio Ministério do Trabalho coíbe iniciativas classistas.