A luta simbólica faz parte da luta política. O peso de uma consigna, a força de um grito e de um logo são inestimáveis. Com ou sem populismo, e sabemos que há e somos muito temerosos em relação a isso, no simbólico as esquerdas latino-americanas vão virando o jogo.
Abaixo do palanque onde Chavez discursa, e não o aplaudimos mas sim ao esforço bolivariano, estão imagens da esquerda para a direita de quem olha: Bolívar, ao centro San Martín, à esquerda José Martí. Flanando no anel superior do estádio uma enorme figura do Che.
Tremulam pela cancha bandeiras peronistas de esquerda, socialistas, anarquistas, dos movimentos camponeses, willampas andinas (quechuas), da via campesina, dos países da América Latina e rostos de Evita, Che, lenços branco e azul celeste das Madres e de sindicatos desatrelados aos seus ministérios do trabalho.
Naluta simbólica vai de vento em popa; com Maradona à frente, se aponta uma nova unidade. A sigla e consigna é ALBA, Alternativa Bolivariana para as Américas. Daí a ter o peso político para implementá-la, aí é o Jogo Real da política.