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A cúpula do terror financeiro global

gafin.vn

O ISDA opera – literalmente - como a cúpula que “auto-regula” a si mesmo, a partir do acerto de interesses dos grandes fraudadores da bolha especulativa de 2008. Estes são os julgadores dos casos de default.

 Bruno Lima Rocha, 18 de agosto de 2014

O Comitê de Determinações da Associação Internacional de Swaps e Derivativos (ISDA, ver o site dc.isda.org) equivale a uma instância globalizada de classificação de “riscos”, afirmando, por exemplo, se algum país está em default (calote) ou não. Este órgão foi criado em 2009, para tentar impor uma legitimidade a partir dos próprios fraudadores do sistema financeiro mundial. O jornal O Globo, em sua edição de 1º de agosto (página 24, em matéria de Marcio Beck e Rennan Setti) apresenta a informação dos componentes deste Comitê, sem fazer o contraponto do passado recente destes conglomerados do cassino do capital fictício. Bastaria consultar o domínio do Comitê, observar a composição dos membros das Américas e cruzar com informações difundidas pela grande mídia para dar-se conta de que, literalmente, quem está arbitrando o conflito é parte geradora da quebradeira de setembro de 2008.

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Neste hiperlink , consta a lista dos membros votantes. Esta classificação afirma quem estaria pagando ou não seus títulos e compromissos. Vejamos quem tem o dom de determinar o “calote”. Começamos com os bancos de investimento:  Bank of America N.A.; Barclays Bank plc; BNP Paribas; Citibank, N.A.; Credit Suisse International; Deutsche Bank AG; Goldman Sachs International; JPMorgan Chase Bank, N.A.; Morgan Stanley & Co. International plc; Nomura International plc. Conglomerados semelhantes, mas apenas com voto consultivo são: Mizuho Securities Co., Ltd.; Société Générale. Já os votantes que não são bancos de investimento, operando como hedge funds (fundos de risco), incluindo os chamados fundos abutre, são: BlueMountain Capital Management, LLC; D.E. Shaw & Co., L.P.; Eaton Vance Management; Elliott Management Corporation; Pacific Investment Management Co., LLC. Um membro de fundo que não é votante é o Citadel e completa o quadro dos votos o Ice Clear Credit.

Pode parecer uma sopa de letrinhas para quem não está acostumado a ler tais denominações, mas para iniciados, esta composição é puro terrorismo financeiro. Um belo exercício didático seria fazer uma simples busca com os nomes destes conglomerados financeiros e somente pela mídia corporativa. Com facilidade observaremos que apenas pelo fato de que os maiores apostadores na roleta russa financeira sejam os julgadores de suas vítimas tal Comitê já é escandaloso por sua própria existência. Tal classificação – se há ou não default, ou calote, ou não compromisso com uma dívida muitas vezes decidida na Justiça – é uma espécie de taxonomia contratual. Quem for classificado como não pagador, sofre uma série de ataques – como venda em massa de títulos (tal é o caso da Grécia) e a consequente fuga de capitais acrescida de alta do dólar.

Já é absurdo supor que os algozes possam julgar o comportamento de suas vítimas, que dirá levar isso a sério. Qualquer investigação de crime financeiro deve olhar esta composição como um conjunto de empresas suspeitas em escala global. 

 

Artigo originalmente publicado no Jornalismo B, primeira quinzena de agosto de 2014 






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