Reprodução na integra e em português do boletim 00 da 2ª fase
19 de julho de 2007 – No.00 – 2ª fase do Boletim – BR e RS
Em setembro a página Estratégia & Análise completa dois anos de existência. A missão e conteúdo da página continuam os mesmos. Apresentar análise política, partindo do referente da interdependência estrutural das esferas econômica, política e ideológica. Dentro da divisão ocidental das áreas do conhecimento, nos concentramos na ciência política (optando pelo termo castelhano de politólogo) e perpassando o jornalismo de opinião e investigação. A história desta página acompanha a evolução dos blogs e dos portais de conteúdo na internet brasileira. Materializou-se, com a vontade de formulação de quem escreve estas modestas linhas, e o gênio criativo do web-designer e publicitário Luís Rubina e a equipe da Letraria. É talento gaúcho pulsante apesar da crise e da estagnação do Rio Grande.
O retorno do Boletim também implica outra fase da página, mais precisa e visando a influência direta sobre formadores de opinião do Rio Grande do Sul, Brasil e América Latina. Sim, a ousadia, de posse de ferramentas e assessoria adequada, tem a pretensão de ajudar a fundamentar os debates pautados nas urgências de quem não tem tempo a perder. Na maioria das vezes, estas mesmas pessoas, operadores políticos do lado esquerdo e ao sul do mundo, têm de pelear contra a geração de sentidos bombardeados pelas mídias com premissas neoliberais. Confrontar esta realidade é parte do grão de areia aportado pelos conteúdos de Estratégia & Análise.
Concluindo a reapresentação, por demais formal, reconheço, ficam nossas condolências aos trabalhadores falecidos na tragédia do vôo TAM JJ 3054. Ressaltamos aqueles que passam a semana no espaço aéreo brasileiro, comissários de bordo, chefes de cabine, pilotos e co-pilotos. O pessoal de terra do setor de cargas viu seu local de trabalho ser invadido por um avião em chamas, a mais de 1000º graus de temperatura. Os funcionários pularam do terceiro piso, vendo suas vidas ir, literalmente, pelos ares. Nada disso foi coincidência. Na ânsia por reduzir custos e superfaturar obras decorativas em aeroportos brasileiros, o Estado abre mão de regular o setor aéreo, indo ao encontro da falta de governo e da incapacidade de gerenciar a economia e a sociedade da 11ª economia do mundo.