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Acordo YPF-Chevron e o entreguismo de novo tipo

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O acordo YPF Chevron afirma a razão de governo e a urgência em apontar soluções de curto prazo, mesmo que em contra do interesse nacional e latino-americano.

Bruno Lima Rocha, para o Jornalismo B – 1ª quinzena de agosto 2013

 

Em abril de 2012, o governo de Cristina Kirchner revoga o contrato da petroleira espanhola Repsol com a empresa argentina, na prática renacionalizando a Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), equivalente da Petrobrás no país hermano. No Brasil, no auge das privatizações dos anos ’90, a empresa criada a partir da campanha “O Petróleo é Nosso!” quase foi posta à venda, sendo que o caminho para internacionalizá-la implicava em modificar o nome para Petrobrax. Já na era Carlos Saúl Menem (1989-1999), a selvageria foi maior, incluindo a venda da YPF, um dos orgulhos nacionais.

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Já no mês de julho do corrente ano, um acordo entre a YPF - empresa sob comando da Casa Rosada – e a estadunidense Chevron (controladora da própria marca, além da Texaco e Caltex), abala a credibilidade do discurso nacionalista da Frente para la Victoria (FPV), aliança política que abriga o guarda-chuva do governo Kirchner (tanto o de Néstor como o Cristina). O contrato com a transnacional petroleira implica operar uma zona piloto no campo de exploração chamado de Vaca Muerta, na província de Neuquén, região da Patagônia argentina. Este convênio é inicial, pois inclui um investimento em de 1 bilhão e 240 milhões de dólares para a exploração de 100 poços, resultando em 10.000 barris/dia, em uma área de 20 km². A meta de exploração máxima deste campo, cuja área chega a 395km², seria de 1500 poços, resultando em 50.000 barris/ dia e 3 milhões de m³ de gás natural. A fonte é inequívoca, pois é da assessoria de imprensa oficial argentina (Telam/YPF). Mas, como em quase todos os comunicados oficialistas, falta a perspectiva de investimento no médio prazo. Para a exploração total da área, teria de haver um aporte de Usd 10 bilhões de dólares por ano!

 

Na Argentina o tema pauta a crítica por esquerda ao governo Kirchner, e vem a se somar com a questão ambiental e dos direitos dos povos originários. Vaca Muerta pode ser a versão petrolífera da área de mega-mineração de Pascua Lama, o chamado terceiro país, pois abarca uma zona chilena (província de Huasco, região de Atacama) e outra argentina, na província de San Juan. O campo é operado pela empresa transnacional de mineração Barrick Gold, explorando jazidas a céu aberto e poluindo com cianeto os glaciais eternos (mananciais que derivam das neves eternas). A Chevron se associa com a YPF cujo capital pertence 51% ao governo argentino para executar o entreguismo com verniz azul celeste e branco.

 

O contrato também reflete a ausência de pensamento estratégico dos países latino-americanos, em especial os que contam com estatais petrolíferas, como Petrobrás (Brasil), Ancap (Uruguai), PDVSA (Venezuela) e YPFB (Bolívia). A exploração de um campo desta envergadura também poderia ser um projeto do Banco do Sul, cujos aportes em julho de 2013 atingem a 7 bilhões de dólares, estando a meta em 20 bilhões. Alternativas não faltariam caso os governos de “centro-esquerda” não reproduzissem a visão colonial sobre nós mesmos.

 






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