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Radicalidade ainda que tardia - 1

Wagner Hosokawa

Na charge adaptada da original estadunidense, o grafista nos chama a atenção para o óbvio. Quem empresta dinheiro ao banco é o correntista e ele o “devolve” na forma de crédito. Os bancos operam como a casa (a banca) no cassino, quase nunca perde e sempre subordinam os interesses coletivos através do insulamento dentro do aparelho de Estado.

30 de maio de 2015, Bruno Lima Rocha

 

O nome deste breve texto poderia ser: como é simples expor as bases do rentismo e mobilizar quem está organizado para combater este absurdo. No final da tarde de 19 de maio tive a oportunidade de retornar ao contato com a base de trabalhadores do município de Cachoeirinha (Sindicato dos Municipários de Cachoeirinha), na Região Metropolitana de Porto Alegre. O tema da formação para a categoria era a relação da dívida pública com a financeirização da economia e a ausência de controle democrático sobre os rumos da riqueza nacional. A exposição em si levou menos de uma hora e quinze minutos, incluindo um saudável intervalo.

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Trabalhei o argumento da seguinte forma: expus volume da dívida como despesa corrente líquida (dados de 2014), comparei com os gastos das demais pastas; expus a taxa Selic atual (13,25%) e a composição do Conselho de Política Monetária (Copom, a instância do Banco Central) que fixa a mesma. Informei que o Copom leva em conta o Boletim Focus, que é uma aferição e consulta a menos de 100 pessoas jurídicas através de seus gestores e administradores (todos do mercado financeiro); dei o exemplo do Santander que tem no Brasil seu maior faturamento mundial e é muito interessado na elevação desta taxa; citei o lucro dos bancos privados no primeiro trimestre de 2015 (onde estaríamos em crise); coloquei os índices de sonegação, apenas utilizando dados da mídia (hoje a sonegação das 780 maiores empresas devedoras da União estaria em R$ 357 bi, ainda sem pagar); dei como exemplo a Operação Zelotes e a lista das empresas suspeitas da PF de agirem em benefício próprio através de corrupção e advocacia administrativa e, após, puxei o exemplo para o Rio Grande do Sul, incluindo uma consulta na dívida ativa do estado e ver quem são os maiores devedores da Fazenda rio-grandense.

 

A participação de quem estava presente, a acertada comparação com a realidade local puxada pelos combativos e classistas militantes da atual direção eleita do Simca fez valer o momento e, estes momentos, valem toda a correria sem fim do pós-fordismo nosso de cada dia. Esta reflexão terá sequência e é reforçada com o cínico silêncio da mídia hegemônica diante da Operação Zelotes e a lista do HSBC, cuja fraude conjunta pode vir a totalizar mais de R$ 40 bilhões de evasão fiscal e de divisas para o Tesouro Nacional. Insisto dizendo e repetindo um sem número de vezes que tudo estaria resolvido caso o caminho para a interpretação das relações de poder reais estivesse ainda aberto. Pois no Brasil este se encontra justamente no cruzamento destas duas investigações. Apenas com o retorno de R$ 200 bilhões do montante sonegado e já não precisaríamos sofrer nenhum “ajuste fiscal”ou política de austericídio emitido pelo andar de cima.

 

O fato inegável é que ao não cortar a cabeça da serpente ainda na CPI do Banestado, o partido de governo termina por colaborar com o giro da roleta dos especuladores, tornando-se assim uma grotesca caricatura de si mesmo.

 






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