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Análise da Convenção do Partido Democrata e da insanidade das eleições nos EUA


Donald Trump e Hillary Clinton, candidatos à presidência dos EUA.

Bruno Lima Rocha, 05 de agosto de 2016

Pessoal, é uma primeira impressão, e pode ser uma grande obviedade. Mas, estou acompanhando pela segunda noite a convenção do Partido Democrata e estou bastante espantado. Me lembro imediatamente da eleição de 1992, quando Bush Pai concorria para a reeleição e era o mais ponderado dos pré-candidatos republicanos.

Agora, é justamente o oposto; poderíamos imaginar que nada seria pior ou mais bizarro do que Bush Jr. Não necessariamente, pois o ex-governador da California, Ronald Reagan, antes de ser político de carreira - e antes de se tornar o mais adorado dos presidente republicanos, ele próprio era democrata. Mas sim, pode piorar.

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Mais de 90% do eleitorado afro-americano é democrata e há muita tensão no ar; vejo um pavor nos democratas de perder esta eleição assim como antevejo o cenário doméstico da superpotência ainda mais radicalizado - e racializado - do que está hoje. Se Trump for eleito - e após o ataque de Orlando estas chances se tornaram reais - é possível que no cenário interno, o Império se veja em momentos bastante sensíveis, necessitando portanto, de um novo cavalo de batalha, ou a permissividade encontrada pelos pífios serviços de atenção interna no período anterior ao 11 de setembro.

Infelizmente, nenhuma das opções no segundo turno dos EUA - na prática, embora e apesar do colégio eleitoral - aponta para saídas populares ou leais aos mais de 55 milhões de latino-americanos ou aos mais de 46 milhões de afro-americanos.

Para a desgraça do planeta e a certeza teórica deste que escreve, nem a presença de um presidente afro-americano fez do Império menos imperial; sequer conteve as diárias operações secretas da USSOCOM.

Mas, repito, para o cenário interno dos EUA - o que por tabela atinge a todo o planeta - se Hillary Rodham Clinton ganha, é como um balde de água morna para as bases sociais mobilizadas. Se Donadl Trump ganhar, a tensão interna somada com a histeria e o factual de terror difuso, pode aumentar e muito a tensão interna.

Terceiro dia da Convenção do Partido Democrata 

Falcões, monstros e vítimas de todos os tipos - sociedade doente, sem proteção social, fanática por armas e intrinsecamente racista.

O terceiro dia da Convenção dos Democratas é um desfile de falcões, incluindo ex-republicanos, veteranos das guerras do Iraque e o ex-diretor geral da CIA Leon Panetta. Se Hillary Clinton ganhar, o mundo será mais previsível, mas aqui no Continente e também no Oriente Médio virá chumbo grosso. Bem, se Trump ganhar pode vir qualquer coisa...

O Império à beira de um ataque de nervos com a histeria pró Trump

Na última noite da Convenção dos Democratas, o clima é de salvação nacional. Até um republicano engajado, ex assessor de Reagan está discursando contra Trump. Se o demente aventureiro ganhar, realmente as piores idéias dos piores republicanos, irão aflorar.

Para quem considera que ideologia e bolha conservadora é bobagem, sugiro que acompanhem a convenção do partido de governo do Império, em seu pior formato de partido quase único convocando para evitar o mal maior.

Após mais de vinte anos do pacto neocon, e após mais de uma década de Tea Party e chauvinismo de propaganda na mídia conservadora, o pior da Amerikkka profunda aflora. E logo, uma louca correria liberal conservadora para salvar o ambiente doméstico da superpotência.

Não deixemos o ovo da serpente chocar, mas também evitemos que o remédio de "salvação" seja um banho de água morna nas lutas reivindicativas.

E, aos que estão totalmente sintonizados com a agenda estadunidense, lembrem-se que na América Latina, esta aliança de ultra liberais e democratas conservadores opera com perfeição para girar à direita nosso continente.

Mais loucuras dos EUA, informe bastante concreto

Pessoal, esta é rápida. Ontem falei com um amigo, natural de Washington D.C., morador de NYC, Staten Island, quase 50 anos, afro-americano e militante. Sua família é democrata até a alma, ele mesmo é primo de terceiro grau do reverendo Jesse Jackson. Bem, este amigo, que serviu oito anos nas forças armadas dos EUA para pagar seus estudos, está bem preocupado. Afirma que o índice de rejeição de Hillary Clinton é gigantesco e acredita que o voto cativo democrata - afrodescendentes e muitos latino-americanos - pode não se mobilizar o suficiente para sequer ir votar. Ele próprio considera a possibilidade de não votar. Enfim, pode ser que o megalomaníaco ganhe sim. Para os hermanos de allá, o terceiro maior país de latino-americanos (55 milhões de hermanos y hermanas allá) vai ficar em pé de guerra.

Apontando uma conclusão evidente

É mais fácil engajar na campanha de Hillary setores inteiros do Partido Republicano, a começar pela antiga equipe da campanha presidencial do senador John McCain  (senador republicano pelo Arizona e ex-candidato a presidente em 2008).McCain, além de ser alvo de Trump, também passara pela esdrúxula experiência de ter como candidata a sua vice a polêmica então governadora do estado do Alaska, Sarah Palin. Hoje Palin é ativista política do Tea Party e apoia francamente a toda a campanha do bufão Trump. Assim como a equipe de McCain, herdeiros e “viúvos” da Era Reagan têm a mesma reação.  Aproveitando a debandada, o atual presidente da superpotência, Barack Hussein Obama, lançou um apelo aos líderes do Partido Republicano para que retirassem o apoio – já titubeante – ao milionário e aparentemente irresponsável, Donald Trump.

Por fim, vale comparar:  Hillary Clinton é hoje a preferida de Wall  Street e Trump é  parte do circo, membro do seleto clube do bilionários, os quais George Bush Jr. Dizia “minha base”. É a disputa entre a intermediária dos 1% mais poderosos do planeta e o auto-representado membro direto destes 1%.    






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