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Em 2014, o lulismo só perde para si mesmo

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Ainda que adversários eleitorais, os operadores políticos acima congregam as mesmas ideias-guia

17 de outubro de 2013, Bruno Lima Rocha

 

A pesquisa divulgada pelo Datafolha (sábado, 12 de outubro) revela uma situação ímpar na política brasileira. É tamanha a influência do lulismo e sua relativa dissidência, que se somados os votos de governistas e ex-governistas, garantiriam a vitória em primeiro turno. Tamanha vantagem traz novo paradigma ao país, onde por um lado, a agenda social entra como elemento de primeira grandeza, por cima de propostas modernizantes. A contrapartida como venho escrevendo há anos nesta publicação, é o fenômeno do discurso lavado, quando ex-militantes mais à esquerda, de tanto governarem por direita, confundem-se com os antigos adversários, executando com maestria a triste tarefa de ser elite dirigente de outra classe dominante.

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Este dado de realidade é verificável na pesquisa citada, por mais que sejam contestáveis quaisquer indicadores para aferir a opinião transitória. Na simulação de Dilma concorrendo com Marina (supostamente na cabeça de chapa do PSB) e Aécio Neves (PSDB), a atual presidente tem 39% das intenções de voto, seguida pela ex-ministra do Meio Ambiente de Lula, esta com 29%. Já no cenário com o governador Eduardo Campos concorrendo por sua legenda, Dilma teria 42%, estando o tucano mineiro com 21% e o pernambucano 15%. Por fim, as simulações onde o candidato tucano não é o neto de Tancredo Neves, mas o ex-governador paulista José Serra, o PSDB não passaria de 25% no melhor dos cenários.

 

Se retornarmos para as eleições presidenciais de 2002, veremos que no mesmo pleito em que Lula lançou a Carta ao Povo Brasileiro, ditando as bases para o futuro Consenso de Brasília, estava montado no segundo turno o campo de alianças rumo à governabilidade, quando tanto o PSB como Ciro Gomes aderia à campanha de Luiz Inácio. No início do quarto ano de seu primeiro governo, o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo colhia os frutos eleitorais pela massa de incluídos na sociedade brasileira. Partilhando os louros, estavam o partido de Eduardo Campos e a então petista Marina Silva.

 

O paradoxo é de mão dupla. Por um lado, está acabando a direita política no Brasil, ao menos a declarada e com capacidade de receber volume considerável de votos. De outro, a esquerda ideológica tem ínfima presença nas urnas e pende para escolhas não eleitorais, como foi verificado em junho último. Diante destas alternativas, ano que vem o lulismo só perde para si mesmo, pois tanto Dilma como a sigla dissidente brigarão pelo legado da inclusão social sem conflito de classes.

 

Este artigo foi originalmente publicado no blog de Ricardo Noblat






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