Na Buenos Aires cosmopolita que recebe imigrantes dos países andinos e do Cone Sul, os bolivianos são chamados também como “bolitas”. Quando um homem andino é meio índio, na verdade é natural de povo original mas têm miscigenação e está parcialmente aculturado, também é chamado depreciativamente de “cholo”.
El bolita Evo Morales junto ao cholo Chávez sacudiu o continente revertendo a integração iniciada timidamente com o Mercosul. Com os petrobolívares venezuelanos dando suporte, os planos de re-nacionalização do subsolo boliviano são mais que possíveis.Haverá lastro pelos próximos meses? A mão de obra boliviana conseguirá gerir sozinha, a curto prazo, o conjunto das operações de prospecção e refino?
O ato de nacionalização surpreendeu por sua virulência, mas era algo mais que esperado. Bastaria observar o comportamento eleitoral boliviano para antever o inevitável. Os “analistas”brasileiros carregam em seus preconceitos mas não entram no âmago da questão. As vontades políticas das maiorias bolivianas mudaram de rumo e por vezes, já ameaçam em emparedar seu próprio governo.
Entre a massa e a caserna, a oligarquia camba cruceña e as fronteiras do Barão do Rio Branco, há algo de diferente no ar e no subsolo.