26 de novembro de 2005 - O dia da histórica Batalha dos Aflitos, onde o Grêmio obteve a surpreendente vitória por 1×0, quando tinha sete jogadores em campo, e voltou para Série A, numa das partidas mais emocionantes da história do futebol, e que ficou conhecida como
26 de novembro de 2005 – O dia da histórica Batalha dos Aflitos, onde o Grêmio obteve a surpreendente vitória por 1×0, quando tinha sete jogadores em campo, e voltou para Série A, numa das partidas mais emocionantes da história do futebol, e que ficou conhecida como “Batalha dos Aflítos”
Foto:gremio1903.wordpress.com

Após a epopéia dos Aflitos no sábado, o Grêmio fez jus a seu apelido de imortal tricolor; e jogando com o coração no bico da chuteira, reforçou a mística e a glória da alma castellana que nos inunda.

O mesmo fez o Internacional no domingo. Jogando contra o STJD, o Gibão, o Kia, o Edílson e contra toda a mídia nacional, o colorado fez jus ao sangue farrapo e para delírio de sua popular abriu 2 a 1 aos 42 do segundo tempo.

Nem bem a delegação do Grêmio de Futebol Porto Alegrense aterrisou nos pagos, Odone iniciou sua campanha para deputado. A única dúvida é se corre para estadual ou federal. Deve brigar por uma vaga com Íbsen, e estes dois disputarão uma das vagas no Parlamento do RS com Záchia. Ou pelo secretariado junto a Otávio Germano, ou quem sabe em especulações financeiras junto a Fábio Koffe.

Todos amam seus clubes, assim como Eurico Miranda ama o Vasco da Gama, Kléber Leite e Márcio Braga amam o Flamengo, a família Montenegro ama o Botafogo, o deputado da tropa de choque de Collor, Arnaldo Faria de Sá ama a Lusa e assim vai. Até o ex-presidente Collor de Mello chegou a demonstrar seu amor futebolístico presidindo o CSA de Maceió.

Enquanto isso as populares do Olímpico e do Beira Rio começam a perceber que clube e diretoria não são a mesma coisa. Uma onda mais parecida as barras bravas argentinas vai ganhando contorno. Isto ainda que Macri ame o Boca e Menem também fosse hincha Boca e o uruguaio Julio MariaSanguinetti hincha de Peñarol. Atéo generalíssimo Francisco Franco projetava seu poder através do esquadrão merengue do Real Madrid.

O significado da paixão e do amor dastorcidas ultrapassa e muito qualquer análise sociológica ou antropológica. Já o siginificado do usufruto do capital simbólico desta cartolagem e sua acumulaçãocomo capital político é facilmente contabilizado. Nunca é demais lembrar a candidatura do volante Biro-Biro para vereador, disputando uma vagapelo PDS malufista. E, mesmo na democracia corintiana, Adílson Monteiro Alves, ideólogo dessa bela experiência do futebol brasileiro, parceiro de Sócrates, Zenon e Casagrande lançou-se na política parlamentar concorrendo pelo PMDB-SP de Orestes Quércia.

Uma interpretação válida é que a instituição futebol brasileiro é uma paródia da realidade política onde vivemos. Nabi Abi Chedid e José Farah que o digam. Isto sem se esquecer do Caixa- Dágua e do sogro do Havelange.

João Sem Medo Saldanha sempre teve razão.

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