Com o galáctico Luxa, a conta de final do mês do Galo Mineiro ficou alta – muito alta – e o rendimento em campo ficou baixo, muito baixo.   - Foto:globoesporte.com
Com o galáctico Luxa, a conta de final do mês do Galo Mineiro ficou alta – muito alta – e o rendimento em campo ficou baixo, muito baixo.
Foto:globoesporte.com

Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha

Seguem as piadas de mau gosto

No esporte mais popular do Brasil, não há fim para as “brincadeiras de mau gosto”. Dirigentes brincam com clubes de grandeza inquestionável, devido ao tamanho de suas torcidas. Torcedores que amam seus clubes não têm certeza de boa administração, afinal o torcedor – equivocadamente – só avalia a gestão de uma direção através de títulos conquistados. Não existe nada de real nisso, muitos dirigentes que presidiram ou ainda presidem os ditos “grandes” do futebol, são péssimos administradores e com toda certeza quebrariam o botequim da esquina da sua casa.

O maior exemplo é o clube da Gávea, o C.R. Flamengo. O atual campeão brasileiro faz uma campanha no mínimo ridícula nesta temporada. Isso não pode ser considerado modelo de administração. A ex-nadadora e atual vereadora (PSDB) Patrícia Amorim assume o time mais popular do Brasil em janeiro deste ano. Até o presente momento, não se nota mudança. Embora exista certo esforço de defesa e projeção de imagem, os escândalos envolvendo o clube carioca aumentaram de proporção, seus atletas viram manchetes quase que diárias do noticiário nacional, e por vezes, em escala mundial. Infelizmente, o elenco que ganhou o Brasileirão 2009 na virada e superação, acabou aparecendo mais nas páginas policiais e de fofocas do que nas seções de esporte. Seria este o modelo o de administração ideal? É para esta tarefa que contrataram os serviços gerenciais e futebolísticos de Arthur Antunes Coimbra?

Mas, sejamos justos afinal, os problemas e cabeçadas ultrapassam os limites do Estado do Rio. A última grande piada vem do lado da Baixada Santista. A demissão do técnico Dorival Júnior, a quem não consideramos um grande estrategista, mas simplesmente um bom treinador e com as manhas de vestiário, sabendo os “psicologês” dos boleiros. Sua demissão foi umas das decisões mais absurdas por nós vivenciadas no meio futebolístico. Ficou claro a todos e todas quem manda no clube de Pelé, Zito, Mengálvio, Pepe, Coutinho e Cia. No alvinegro praiano hoje manda um jovem rapaz de 18 anos que atende pelo nome de Neymar, e neste “moleque da Vila” manda, além de sua mãe (sabe-se lá até quando), os patrocinadores e agentes que lhe fazem a cabeça para além dos penteados e narcisismos pós-adolescente.

O futebol elege os políticos

A conquista de títulos dentro de campo faz com que alguns cartolas se promovam na vida pública. Não é de hoje que o sucesso dos dirigentes nos clubes é usado como forma de projetar suas carreiras políticas. Basta piscar os olhos e nos flagramos reconhecendo alguns de memória, tais como: Eurico Miranda (Vasco), Paulo Odone de Araújo Ribeiro (Grêmio), Luiz Fernando Záchia (Internacional). Os três se promoveram em cima dos resultados adquiridos pelos clubes em suas gestões. Os torcedores acabam associando o “bom” dirigente ao candidato e estes, por sua vez, acabam garantidos suas cadeiras na Câmara, Assembléia, Senado além da vereança.

Fica a dúvida. Não será esta mais uma forma de usar a paixão do torcedor? A grande maioria, para não dizer quase que a totalidade destes torcedores, não sabe de um projeto realizado por estes candidatos. A falta de confiança nos políticos atuais faz com que os eleitores (torcedores) optem por presentear os cartolas com seus preciosos votos. Isto sem falar na mala direta de sócios-torcedores, uma mina de ouro para a expansão do marketing político.

Mas nem só de cartolas vive a polititica brasileira. Ex- jogadores também aderiram à prática e passaram a tentar exercer carreira política. Pleiteando o primeiro cargo eletivo de suas vidas temos Vampeta, Tarciso, Romário, Danrlei, aparecendo na lista. Na real tem mais e a fila anda para trás, a exemplo de Bob Tucano Cruzmaltino Dinamite e o furacão colorado Valdomiro. Resta a triste questão. Os Ídolos no futebol buscam seu espaço na política. Basta o torcedor avaliar se vale à pena acreditar que se estes se tornarão seus ídolos também além das quatro linhas. Será?! Estamos pagando, e caro, para ver!!!

A Conmebol muda as regras no meio do caminho – virada de mesa a moda sul-americana

A Conmebol muda as regras e resolve bagunçar o campeonato brasileiro. Não bastasse a CBF fazer suas lambanças, agora coube a Confederação Sul-americana mudar regras durante a competição. Isto não se faz! Na semana passada a entidade dirigida pelo mais antigo ditador desportivo sudaca em atividade, decidiu que o Brasil terá cinco vagas na Copa “Santander” Libertadores de 2011. Sendo assim sobram três vagas, já que Santos e Internacional já garantiram os seus lugares devido aos títulos da Copa do Brasil e da própria Libertadores neste ano de 2010. A dificuldade de fazer o Campeonato Brasileiro atraente até a última rodada aumenta, pois com uma vaga a menos, vários clubes ficaram sem chances de disputar a competição mais importante da América Latina em 2011. Parece-nos claro que a única diferença entre Ricardo Teixeira e Nicolás Leoz é o idioma.

O Brasileirão pega fogo e o galo padece

O Campeonato Brasileiro pega fogo, com quatro times ainda brigando pelo título. Fluminense, Corinthians, Cruzeiro e Internacional são os candidatos a levar a taça de 2010. Já na parte de baixo da tabela não houve mudanças. O destaque negativo fica por conta do Atlético-MG, que após a derrota para o Grêmio está a sete pontos do Flamengo 16º colocado o último a escapar do rebaixamento. O galo mineiro que trouxe o ex-“comandante” dos meninos da vila Dorival Junior, após demitir o galáctico Vanderlei “1 Milhão de Reais por mês” Luxemburgo, parece caminhar a passos largos rumo à série B de 2011. Mesmo com um bom time e técnicos conceituados o clube mineiro não consegue fazer boa campanha, e está a 15 rodadas na zona de rebaixamento (contando a de domingo, 26 de setembro). Caso ocorra a queda será o segundo rebaixamento do galo em seis anos. Definitivamente, a massa atleticana não merece os cartolas que tem e menos ainda as trapalhadas dentro de campo e vestiário. Agora é contigo Dorival.

Dijair Brilhantes é estudante de jornalismo, Bruno Lima Rocha é editor do portal Estratégia & Análise

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