El Loco Abreu faz da torcida alvinegra uma massa de uruguaios por adoção, radicados no Rio de Janeiro, de 40º graus e problemas mil. Junto com o argentino Herrera, faz a dobradinha platense do alvinegro de glórias, como nos tempos de Garrincha e Nílton Santos, e de amarguras inexplicáveis, relatados pelos sobreviventes da era Charles Borer, o irmão do delegado do DOPS que vendeu a sede do clube.   - Foto:digaofutebol
El Loco Abreu faz da torcida alvinegra uma massa de uruguaios por adoção, radicados no Rio de Janeiro, de 40º graus e problemas mil. Junto com o argentino Herrera, faz a dobradinha platense do alvinegro de glórias, como nos tempos de Garrincha e Nílton Santos, e de amarguras inexplicáveis, relatados pelos sobreviventes da era Charles Borer, o irmão do delegado do DOPS que vendeu a sede do clube.
Foto:digaofutebol

Dijair Brilhantes & Bruno Lima Rocha


El Loco, el mismo

Washington Sebastián Abreu Gallo, o extenso nome de registro de nascimento nas canchas se resume a El Loco Abreu. O folclórico centroavante da celeste uruguaia conquistou o coração dos botafoguenses. Abreu poderia ser questionado por qualquer torcida do Brasil, com raríssimas exceções. Mas seu espírito de luta – mitologicamente atribuído a uma herança da alma charrua – fez El Loco conquistar a condição de ídolo no Botafogo de Futebol e Regatas.

Washington Sebastián nasceu no departamento de Minas (capital departamental de Lavalleja, Uruguai) e começou a carreira de jogador profissional no Defensor Sporting, clube (cuadro na terminologia dos boleiros de lá) do bairro Parque Rodó, Montevidéu. Ainda na capital uruguaia, marcou época no Nacional. Também jogou em diversos clubes da América Latina, dentre eles nos tradicionais clubes argentinso, San Lorenzo de Almagro e C. A. River Plate. Já na Espanha, jogou pelo clube galego La Coruña e na agremiação basca de San Sebastián, o Real Sociedad.

No Brasil, o alvinegro carioca não é o único time o qual Abreu defendeu. O avante yorugua eve uma passagem relâmpago pelo Grêmio no inicio da era Ronaldinho Gaúcho em 1998. No clube rio-grandense, foi dispensado por alegação de falta de “qualidade técnica”. Há controvérsias, pois uma boa parte da torcida gremista alega incompetência da diretoria da época. Também não podemos esquecer que por estes lados reina a amargura da imprensa local, onde somente atletas habilidosos têm prestígio. Esquecem eles – esta parte da crônica desportiva do Rio Grande – que o esporte bretão também requer força e raça.

El Loco Abreu destacou-se como um dos personagens do último mundial da África do Sul. Em uma disputa de pênaltis do jogo mais emocionante da copa entre Uruguai e Gana (que ficou conhecido por La mano de Suárez), El Loco bateu a última penalidade com a chamada “cavadinha”, levando os uruguaios para a semifinal da competição. O jogador já havia usado da mesma categoria no título da Taça Rio contra o Flamengo.

Que Sebastián Abreu é um baita centroavante ninguém duvida, pois fez gols por onde passou. Com sua “loucura” o jogador conseguiu preencher a lacuna deixada por Túlio Maravilha, ao menos no coração da estrela solitária carioca.

Teste físico aposenta árbitro

Leonardo Gaciba, que já foi eleito o melhor árbitro do brasileirão por quatro vezes consecutivas, decidiu abandonar o apito. Gaciba perdeu o escudo da FIFA em 2009, por não passar nos testes físicos. Este ano o agora ex- arbitro foi reprovado nos testes da CBF. Por causa disso resolveu abandonar o apito. Leonardo encerra a carreira aos 39 anos, seis anos menos que o limite máximo imposto pela FIFA.

O árbitro da Federação Gaúcha nunca contou com o prestígio do seu conterrâneo, o jornalista formado pela PUC-RS, Carlos Eugênio Simon. Este último, mesmo após ter feito partidas desastrosas, sempre teve o aval da CBF e da comissão de arbitragens, o que o levou a três Copas do mundo.

Surge aí uma triste ilação fruto de “coincidência”. Basta olharmos o nível da arbitragem do campeonato brasileiro, e da última Copa do mundo. A maioria dos homens e mulheres do apito está ótima fisicamente, já no apito decidiram vários jogos, sempre em favor dos grandes.

Fogão tropeça e dá adeus ao título

A torcida botafoguense merecia algo melhor. Após uma reta final de campeonato empolgante, o Botafogo empatou em 0x0 com o Avaí (na Ressacada) e praticamente liquida suas chances de título. Em Fortaleza, na 4ª dia 10 de novembro, joga as suas últimas e remotas chances. Na “boa terra” o Cruzeiro venceu por 1×0 a equipe do Vitória, e segue na caça ao líder Fluminense, que venceu o Vasco por 1×0. Mesma situação do Corinthians, que ao bater o São Paulo ficou a um ponto do Flu, e ainda ampliou a vantagem para 11 jogos sem sofrer derrota para o rival do Morumbi. Já o Flamengo do salário galáctico Vanderlei Luxemburgo perdeu para o Atlético-PR (em Volta Redonda, na Arena que seria a cancha do voltaço), tomou de 1×0 e ainda correndo o risco – mínimo é verdade – de ser rebaixado. Em situação se encontra o rubro-negro goiano. O Atlético- GO empatou em 2×2 com o Internacional no Serra Dourada, mantendo-se perigosamente perto da linha do rebaixamento. Em Porto Alegre o Grêmio goleou o Ceará por 5×1 e ainda sonha com um possível G4.

O campeonato entra na reta final e estamos a quatro jogos de conhecer o campeão de 2010. O título deve ser decidido somente na última rodada! E pensar que ainda tem saudosista do formulismo sendo contra a disputa por pontos corridos. Vai entender.

Dijair Brilhantes é estudante de jornalismo & Bruno Lima Rocha é editor do Portal Estratégia & Analise

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