Terminou há pouco a entrevista do prefeito de Alvoradaem uma das maioresrádios AM do RioGrande do Sul. Estemunicípio, o maisviolento da conurbano de PortoAlegre, disputacom o município de Viamão parasaberqual dos dois é maispobre e commaioríndice de desemprego. O políticoprofissional chama-se João Carlos Brum, tem formação de contabilista e é do PTB-RS, partido do radialista de Sérgio Zambiasi, o contador. Estehomem reproduz emsuagestão, cujovice é do PDT, uma práticanotória de países bananeros, buscando agradar a todo o custo o capitaltransnacional.
A sofrida população de Alvorada tem poucomais de 200.000 pessoas e mesmocomtantadificuldade, o executivo municipal segue o estranhohábito de tentarbajular e buscarindústrias na base dos benefíciosfiscais. Umenormeterreno na RS-118, estrada estadual que funcionam comoumcorredornosfundos da Região Metropolitana, foi “doado” para a multinacional de informática, a Dell Computers. Esta mesma multi já tem uma planta distribuidora emEldorado do Sul, ladosul da Região Metropolitana. O gigantescoterreno, cercado, aterrado, aplainado, está vazio. A beira da faixaquejá foi palco de ocupações do MovimentoSem-Terra parece umconvite a uma ação de massas. O “convite” é reforçado com a confirmação de que a Dell não vai maispara o municípioquepreparaumterreno, o doa e aguarda ansiosamente a “boa vontade” do capitalestrangeiro.
Justiça seja feita, já na gestão da prefeita Estela (PT) o terreno estava lá, aguardando a chegada da Dell. A alienação de patrimôniopúblicoembenefício do capitalprivado e transnacional é uma práticavelha no Brasil, sendo inclusive aprendido nas escolas, quando da “abertura dos portospara as nações amigas”. Agoranãosãomais os portosabertospara os clippers ingleses, trazendo tecidos e na volta da Ásia levando ópio. Agora o padrão dos desgovernos é abrir os terrenosparacapitaisamigos. Isto, sem nenhuma garantiaque estas empresas virão, vão se instalar e se vãogerardesenvolvimentoounão….PobreAlvorada!