Reproduzimos aqui a cabeça da matéria que saiu no jornal Valor Econômico de hoje 7 de nov 05.

“ Bush e Lula minimizam divergências comerciais, por Sergio Leo e Paulo de Tarso Lyra, sucursal De Brasília”

Repleta de elogios e agradecimentos ao presidente Luiz Inácio Lula da

Silva, a primeira visita oficial do presidente George Bush ao Brasil foi

marcada também pelo esforço dos dois governantes para minimizar as

divergências no campo comercial. Bush insistiu na necessidade de criação da

Área de Livre Comércio das Américas (Alca), mas disse reconhecer o direito

de Lula de recusar um acordo que não atenda aos interesses da população. O

governo brasileiro acolheu com boa vontade as explicações da equipe de Bush

sobre os esforços que os Estados Unidos têm feito para cumprir as

determinações da Organização Mundial do Comércio (OMC), que, a pedido do

Brasil, condenou como ilegais os subsídios ao algodão americano.”

Esse é só o primeiro parágrafo de uma boa reportagem a respeito das novas relações carnais do Tio Sam nas Américas. Alguém se lembrará dessa frase:

– “ O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil!”

Gostaríamos também de fazer lembrar outra dica clássica do pensamento da Casa Branca a nosso respeito:

– “Para onde for o Brasil, irá a América Latina!”

Para completar, na edição de hoje do jornal em cadeia nacional, Bom Dia Brasil, aparece um colega cientista político, mais um “especialista” dizendo que é natural a proximidade de Lula e Bush, uma vez que a agenda política tende, “naturalmente”, a ser suplantada a agenda econômica. Como se algo fosse “natural” em política!!!

Celso Amorim podia ajudar a memória do presidente. Um outro presidente acusado de corrupção, Carlos Saul Menem, promovera “relações carnais” com os Estados Unidos. Nada o salvou da crise econômica. Pois Menem não havia como prever o pior. Quem adivinhar que a “maior democracia do mundo” assistiria a “maior fraude do mundo”, quando Al Gore perdeu na Florida para Bush Jr? Quem?

Mas, qualquer “especialista” saberia e informaria ao então presidente Menem, que este deveria precaver sua política externa, pois caso o Partido Democrata perdesse as eleições sem Clinton, algo chamado Unilateralismo iria ser a marca da política do Império. Faltam “especialistas” portanto para antenar-se com a ESPECIALISTA Condoleeza Rice, ex-reitora de Stanford e notória ideólogo do pensamento neo-conservador dos EUA.

Agora Luiz Inácio passa por outra metamorfose; de metalúrgico-sindicalista a presidente-bombeiro.

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