A reunião nacional do PSDB, ontem 18 de novembro em Brasília foi um pré-lançamento da candidatura de José Serra para a presidência. O aval foi dado pessoalmente por FHC. Enquanto o primeiro marcava seu discurso com um programa de governo, o segundo chamava o PT para a briga, desafiando-o a vencer o tucanato nas urnas. O PFL em peso, era só sorrisos.

A perda de capital político de Lula está vertiginosa. Passa apertos nas ruas, passará nas urnas e hoje passa dentro do próprio governo. Caiu o Dirceu mas ficou sua “Marília”, de nome Dilma e disposta a salvar o pouco que resta de nacional-desenvolvimentismo policlassista em um partido que uma vez se disse pelo socialismo e pela democracia popular.

A ausência de referentes é tão grande, que hoje o governador do Paraná é mais ameaçador do que qualquer candidato petista. Qualquer um, inclusive alguém da pouca esquerda que sobrou nesta legenda. Isto porque, a DS por exemplo, resignou-se a cumprir papel secundário na política e ao mesmo tempo ser linha de frente como bombeira da luta social no Brasil. Já Olívio e a Articulação de Esquerda, borrou as bombachas e voltou ao pago de cabeça baixa, trocado por um tecnocrata da cota de Severino. Contentou-se em ser presidente de sigla ao invés de ser ministro de Estado.

Hoje, o “companheiro” Lula, sempre e quando junto de Palocci, Meirelles, Portugal e outros tucanos mais é bastante potável para a Banca e o capital financeiro. Talvez até mais potável que um intempestivo economista de Princeton. Ou, sendo mais direto, conforme é conhecido na interna do PSDB, de um vampiro Nosferatu babando por sangue e poder. Roseana Sarney que o diga.

Serra vem com tudo e o PFL mastiga o freio de tão rápido que é o galope. O PT acuado, a população sem referente, os movimentos populares perdidos e o Bradesco batendo recordes. 25 anos para isso?! Aos inimigos de Nosferatu-Serra, o exíliocontinua sendoa melhor saída.

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