Ao depor na CPI dos Correios, Cláudio Roberto Mourão da Silveira, tesoureiro da campanha eleitoral em que Eduardo Azeredo (PSDB-MG), tentara a reeleição para o governo da Gerais e perdera para o ex-presidente Itamar Franco, reconheceu que a maior parte dos recursos da campanha era de Caixa 2. E, obviamente, uma vez que os recursos eram de Caixa 2, não foram declarados à Justiça Eleitoral.

Independente dos números da campanha, dois fatos são contundentes. O primeiro é o esquema ser operado em parceria com Marcos Valério. O segundo, é a absurda declaração do tesoureiro de que o ex-governador de Minas e hoje senador pelo PSDB, não sabia de nada a respeito dos fundos.

Tamanha inocência política não pode ser aceita. Intelectualmente é uma afronta. Na Alemanha, em 1938, quando se instala o Vento da Noite e a Operação T-4; respectivamente, operações de repressão política e limpeza étnica, os cidadãos comuns repetiam a chamada de Goebbels:

– “ O fuhrer não deve estar sabendo. Quando souber, mandará parar estas operações!”

Ao fim da 2ª Guerra, o Fuhrer não só sabia mas ordenava tudo. Os custos foram altíssimos. No Brasil, qualquer semelhança não é mera coinicidência.

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