É com muita alegria que reproduz, com a devida autorização, o correio recebido do fotógrafo e jornalista Mauricio Jordan. Residente em Berlim, Alemanha, brasileiro nato e leitor do Noblat. O conteúdo da mensagem está abaixo, e já me comprometi de fazer um breve estudo no tema dos Fundos Latino-Americanos de Reservas (FLAR). Surgidos em 1991, com sede em Bogotá, Colômbia, estes Fundos vieram a substituir aos FAR (Fundos Andinos de Reservas). É interessante, já como primeira mirada prévia, antever que os problemas de relações da Comunidade Andina com o governo de Chávez têm relação direta com o funcionamento do FAR, agora FLAR, como de fato reserva cambial e de auxílio aos Bancos Centrais dos países membros. Estes são: Bolívia, Peru, Costa Rica, Colômbia, Venezuela e Equador.
Será que o Banco Central do Brasil tem vontade e interesse de ingressar no FLAR, auxiliando-o como instrumento de balizamento financeiro para com os possíveis ataques que venhamos a sofrer? Como dicen los hermanos; “lo dudo”. Y yo también.
Abaixo o email do jornalista Maurício Jordan.
“Caro Bruno,
Sou brasileiro, jornalista residente em Berlin – Alemanha.
Minha esposa que é alemã e economista e vai escrever sua tese de doutorado a respeito do FLAR (Fundo Latino Americano de Reservas). Tema que foi muito bem recebido no meio científico/acadêmico por ser algo “novo” por aqui, apesar de existir há décadas.
Porém ainda não encontrou nenhuma fonte brasileira a respeito do tema.
Ela pensa que seria muito interessante ao menos saber as ponderações de alguém da comunidade científica brasileira à respeito desse tema.
Assim, tendo lido e muito gostado de seu artigo “A encruzilhada da Integração Latino-Americana”, publicado no Blog do Noblat, (onde com muito prazer leio opiniões de brasileiros sobre a economia brasileira) não pude deixar de ao menos pedir a sua opinião.
Provavelmente o sr. deve ser muito ocupado, porém como bom brasileiro, acredito que a esperança é a última que morre, e seria um prazer ler na publicação da tese dela, a citação de fontes brasileiras a respeito de um tema latino-americano.
Também gostaria muito de, ao discutir sobre o citado tema, com nossos amigos, inclusive alguns “brasilianistas”, poder citar a posição de cientistas brasileiros como o sr. e não apenas a mera opinião deste curioso que lhe escreve.
De qualquer forma já agradeço a atenção dispensada em ler este e-mail.
Mauricio Jordan”