Arlindo Chinaglia, médico que não exerce a medicina, aprendiz de bruxo ao ser candidato do partido de governo mesmo seu nome não sendo o preferido do ex-metalúrgico.

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Ganhou Arlindo, mas o país perdeu. Derrota no regimento do voto secreto, onde a regra estimula a traição entre legendas. O PFL apoiando o PC do B, no 2º turno, o PSDB foi de arrasto atrás de Aldo, embora Fruet não tenha conseguido transferir seus votos para aquele a quem a Executiva do partido indicara sem muita ênfase. O tucanês opera na ausência de operacionalidade mesmo nas situações limites.

Chinaglia assumiu prometendo a paz dos iguais. Que recado é este? Não mexam com a Casa Parlamentar, todos os problemas ficariam deitados em berço esplêndido na anterior legislatura. A mesma que cumpriu a proeza de levar a credibilidade dos políticos profissionais a apenas 8% dos brasileiros, sendo que os partidos eleitorais são acreditados por somente 10% dos cidadãos do gigante adormecido.

O leitor me perdoe o epíteto de ironia cínica, mas o espetáculo da votação secreta tira o analista do sério. Em uma assembléia de massas, os presentes levantam seus braços. Lado a lado, pagando o preço pelas opções. Em um colégio eleitoral de 513, apela-se para a urna, em turno e returno. Agora, resta aos nobres parlamentares votarem a reforma que limitaria seu próprio movimento não-republicano, de fato, aumentando o custo transacional das madrugadas do Planalto. Se não votarem, na próxima bateria de escândalos, nem o mais crédulo dos neo-institucionalistas conseguirá defendê-los. Aguardem e verão.

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