Eu, Daniela Soares, a partir de hoje terei um espaço reservado para escrever sobre cultura aqui na página Estratégia e Análise. Começo então com o evento mais recente da cidade de Porto Alegre.
No domingo, 18 de novembro, encerraram as exposições da sexta edição da Bienal de Artes Visuais do Mercosul
Pegando emprestado o título de um conto de Guimarães Rosa, a 6ª Bienal teve como mote “A Terceira Margem do Rio”. A metáfora pretendia mostrar que dá pra ir além das oposições binárias e se posicionar de forma crítica e independente em relações às coisas, duvidar, questionar padrões e ao mesmo tempo aceitar o estranho, o inexplicável.
Também nessa edição foi a primeira vez que essa Bienal contou com um projeto de residência artística: a mostra Três Fronteiras que reúne quatro artistas refletindo sobre a chamada Tríplice Fronteira, palco do massacre da Guerra do Paraguai, uma região de intensas trocas econômicas e culturais. Nada mais pertinente em se tratando de Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.
Foi a partir da inovação que durante os últimos três meses os Armazéns do Cais do Porto, o Museu de Artes do Rio Grande do Sul e o Santander Cultural foram povoados com milhares de visitantes, na sua maioria estudantes. Alguns saíram muito satisfeitos com o que viram, outros nem tanto.
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Daniela Soares, editora de Trecos & Trapos