Abaixo, segue a parte do boletim número 03, da segunda fase do boletim Estratégia & Análise, referente ao cenário do Rio Grande do Sul.
Grande Porto Alegre, 8 de novembro de 2007, No. 03, 2ª fase
Rio Grande do Sul, comentário
A prisão de mandatários do Detran e da CEEE, pessoas de primeiro escalão na alta sociedade gaúcha, implica no mínimo uma cumplicidade entre representantes e indicados. Não vou aqui repetir e fazer recorte e cola nos nomes dos presos na Operação Rodin. Isto é público, notório e repetitivo. O problema é interpretativo.
Precarização do serviço público, terceirização de funções de Estado tem o selo de “modernidade”. Nada disso de “modernidade” É apenas a balcanização do estado do Rio Grande entre os mesmos de quase sempre. Vejamos a cadeia lógica:
Cota do partido X na gestão da máquina – cota essa sob a responsabilidade do político Y – indicados W e Z operando o esquema – gestão colegiada de fundos de caixa 2, tanto para enriquecimento pessoal como para fundos de campanha – garante-se o status e a perpetuação em fatias de poder.
Feita a operação, o problema fica estancado em W e Z. Com ampla defesa, as chances de escaparem são altas. Caso o esquema venha a fundir, o crime de colarinho branco migra. Empresas terceirizadas, contratos não licitados, superfaturamento de serviços, publicidade destes mesmos serviços. Basta seguir a cadeia de comando, titularidade e fluxo financeiro todos serão pegos.
Fica a dúvida: Até onde os poderes de fato do Rio Grande vão chafurdar? Quanto mais fundo se cava, mais alto se atinge!”
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