Este boletim eletrônico tem a intenção de ser semente de milho nativo do arcabouço de conceitos e identidades do Continente que no Brasil vem sendo criminosamente ocultados e desaparecidos do grande público.

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Este boletim eletrônico tem a intenção de ser semente de milho nativo do arcabouço de conceitos e identidades do Continente que no Brasil vem sendo criminosamente ocultados e desaparecidos do grande público.

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Este boletim eletrônico tem a intenção de ser semente de milho nativo do arcabouço de conceitos e identidades do Continente que no Brasil vem sendo criminosamente ocultados e desaparecidos do grande público.

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Vila Setembrina – Grande Porto Alegre – Rio Grande – Cone Sul – Latinoamérica

Boa leitura, ficamos no aguardo das críticas e sugestões.

Bruno Lima Rocha, politólogo com ofício de jornalista

Os caloteiros do agro no país do absurdo

A história se repete todo ano. Os latifundiários contraem dívidas porque a atividade do setor primário é subsidiada mundo afora. O ponto zero conceitual é que não existe agricultura sem financiamento público. Portanto, trata-se de política de Estado e opção de governo. R$ 130 bilhões venceriam em 31 de dezembro de 2007 e o montante foi prorrogado para 31 de março do corrente ano. Eis que entra em cena a bancada dos auto representados, auto apelidados de “ruralistas”.

O desejo é simples: os caloteiros, mesmo não pagando, seriam considerados adimplentes. O ministro do agronegócio pronunciou a pérola da vez ao afirmar que o tema é “técnico”. E de quebra, entrega a decisão política para a obra e graça do submundo dos corredores do Congresso e das tabelas da equipe econômica. A técnica dita pelo arenista Stephanes é conceitualmente retratada por Raymundo Faoro em seu clássico. Mais do mesmo em gavetas de papel novo envelhecido com caca de grilo.

R$ 130 bi equivalem a mais de 3 CPMFs juntas. A bancada do agronegócio pagou e quer nota. Parte da “base aliada” é composta por latifundiários, associados ou grileiros campeões nacionais do desmatamento. Chegou o momento dos coronéis lulistas cobrarem a fatura.

O absurdo do financiamento no país dos agro-caloteiros

O Espelho é o órgão da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil. Em sua edição de novembro de 2007 (No. 248) apresenta matéria sobre o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Nas páginas 8, 9 e 10, Neusa e Luiz Carlos Silveira relatam sua história após ter contraído o empréstimo de R$ 10.000,00. O investimento foi em uma cozinha profissional e a maquinaria para produzir sachês de doce de leite. O local de trabalho é um sítio no município de Joanópolis, na localidade da encosta da Cachoeira dos Pretos, região de Bragança Paulista. O recurso, adquirido em 2003, veio junto do aperfeiçoamento no ofício e a posterior geração de 4 postos de trabalho diretos. A relativa prosperidade também implicou no valor da identidade, garantindo a permanência dos 3 filhos da família Silveira na roça.

A produção semanal é de 10 mil sachês e 450 potes de doces, ofertando uma variedade de 22 produtos distintos. O crescimento implicou na compra de leite na própria região, e pagando valores acima do “mercado”, circulando divisas no entorno. Os R$ 10.000,00 também renderam o incentivo ao associativismo. Neusa Silveira participa da Associação Amigos da Cachoeira e da Cooperativa dos Produtores Rurais Entre Serras e Águas. Neusa é uma em milhões. Quando se debate a respeito da agricultura camponesa, chamada de familiar pelos técnicos, os números totalizados impressionam. Já ouvi coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) afirmando que a agricultura de modalidade camponesa produz 85% do alimento consumido no país; sendo que a matéria referida afirma a quantia de 70% da comida servida na mesa do brasileiro produzida por camponeses. O total dos brasileiros envolvidos nesta agricultura seria de 25 milhões. 1/8 dos compatriotas está no dia a dia suando na roça contra quase todos.

Voltando à primeira Nota desta edição de A Adaga, os R$ 130 bi em vias de calote por parte do agro-“negócio” dariam para fomentar a 13.000.000 milhões de projetos semelhantes ao de Neusa e Luiz Carlos. Retorno garantido porque a inadimplência é quase nula, reforçado o tecido social recomposto através do fomento e extensionismo, seria mais que plausível uma seqüência de financiamentos por cinco anos consecutivos. Com a mesma verba do calote já emprestado, atingiria uma média de 26.000.000 de unidades produtivas, podendo gerar mais de 10 milhões de postos de trabalho diretos. Ao invés desse colosso, o Brasil capenga no êxodo rural, na matriz graneleira exportadora e na fome e violência no campo. Até quando?!

No hay dos demonios – Bolivia 01

La media luna boliviana camina y marcha rumbo al posible ajuste de cuentas con su propia historia. Si, es cierto, la oligarquía cruceña hace hincapié en el sello étnico-político de Cambas para confrontar antecedentes del Jacha Uma Suyu. Pero, eso de terratenientes pro Brasil Imperio, plantando soja y queriendo autonomía de comercio, reivindicaren orígenes guaraníes es una broma de muy mala onda.

Tampoco hay que dejarse cuentear con eso de dos demonios. La oposición social en Bolivia quiere la pluralidad jurídica, y para eso más bien que no confían en el ejército de Barrientos y Banzer. Ya los oligarcas, una vez que los milicos no están enamorados de otro narco-golpe, evocan el discurso anti-indígena, la falange de los ’30 y la UJC post-Goni. Lo que está sobre el tablero es eso.

Ojalá llegue un día cuando los politólogos, analistas, editorialistas y reporteros de turno tengan la honestidad intelectual de aportar interpretaciones a partir de los hechos factuales. Si no hacen por honestos, que lo hagan por avivados. Esto porque, además, mitología por mitología, la de los collas es mucho más fuerte e interesante.

Pluralismo jurídico y otra forma de poder – Bolivia 02

La pluralidad jurídica no es algo nebuloso pero si lo es el posible quiebre en la continuidad del Estado como heredero de la Invasión y Conquista. El mallku implica la juridicidad de una sociedad federal, con fuertes raíces en los pueblos originarios, y reorganizada en las ciudades. Curiosa preocupación. Los agentes económicos globalizados, incluso los oligarcas cruceños con el apodo de “cambas”, siempre pasan por arriba del marco jurídico en nombre de la agilidad transaccional. Es más que eso. Aplican a premisa que la libertad económica es superior a la libertad política.

La fórmula de chamullo de los oligarcas ya fue aplicada en Chile. Si la gente no se organiza en Bolivia, preparando-se, la historia puede repetirse. O sea, la construcción de otra base societaria tiene que venir acompañada del debilitamiento de la base de la sociedad actual.

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