“O curioso é que, na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, referiu-se a mim, em uma solenidade no Itamaraty, como alguém que tem saudades de Hitler. É óbvio que isso é coisa orquestrada. Posso dizer que não foi o PFL que orquestrou”. O senador Jorge Bornhausen deu a entender que a operação que o difamou como nazista foi obra, ao menos autoria intelectual, do ministro do trabalho e ex-presidente da CUT, Luiz Marinho. Na 3ª, dia 25 de outubro, Brasília amanhece tapada por mais de 3.000 cartazes com o político catarinense trajando uniforme nazista e com uma revista Veja em suas mãos.
A polícia do governador do Distrito Federal é pressionada a investigar, pessoalmente pelo senador e os altos mandos do PFL. Em menos de 24 hs. os autores aparecem. O responsável pela arte, webmaster da página do PT na Assembléia Distrital, foi Marcos Wilson. Ele inclusive a enviara por email, email este oficial, saído de um provedor com CNPJ. Quem a recebeu foi Avel Alencar, que pagara a encomenda para a gráfica com cheque pessoal, no valor de R$ 1.060,00 reais. A partir daí, tudo já está ou será em breve descoberto. Resta saber, porque?
Não o porque dos cartazes contra Herr Bornhausen, isso está nítido e claro. Na luta intestina entre a classe política que opera e manda a nível nacional, sabe-se que vale tudo, e há muito tempo. Mas, daí a sair do anonimato, isso sim é novidade. Se Marcos e Avel trabalhassem com critérios militantes mínimos, jamais teriam sido tão descuidados. Mas, acostumados a impunidade da “democracia”, pagam em cheque e enviam emails privados como se fosse uma campanha banal. Será que essas pessoas perderam qualquer tipo de reflexo?! É este um novo efeito colateral da burocracia sindical quando imiscuída na política oficial?!