Os velhos tempos voltaram. Saudosismo deve ser o sentimento no Setor Policial Sul de Brasília. Desta vez, não foi o envio de cartas-bombas, nem incêndio em arquivo-morto. Não, não teve injeção letal, nem afogamento de delegado. Foi simplesmente uma invasão digital. O HD do computador do gabinete do deputado federal por Minas, Júlio Delgado, o relator que pediu a cabeça de Dirceu no Conselho de Ética, foi invadido e 15 pastas foram apagadas. O fato foi revelado na 2ª de manhã, após um fim de semana com a capital vazia em função do referendo.

Pegaram e rápido os autores dos cartazes de Herr Bornhausen. Quanto tempo demorará para agarrarem os autores da invasão. Pergunta: Se a invasão foi física, o CFTV do Congresso capturou as imagens. Se foi online, a segurança digital da casa teve falhas. Se quiserem descobrir, é fácil. É como a tal CPI do Caixa 2. Se for feita a sério, cai o sistema partidário brasileiro. No corpo-mole, tem 3 CPIs simultâneas, e uma a mais não fará diferença.

Se o ocorrido fosse na antiga União Soviética, o inspetor do burô político diria aos responsáveis do partido na zona: “Eu quero nomes, nomes!” Nós também. Quem é o encarregado da segurança digital do Congresso? Quem estava de plantão no último fim de semana? Quem é seu supervisor? Quem é o encarregado da segurança das instalações físicas onde se localiza o gabinete de Júlio Delgado? Onde estão os registros de entrada e saída das instalações no último fim de semana?

E isso para começar. Mas, se quiserem pegar, ah pegam.

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