O governo Lula aposta em três pilares. Para evitar a crise, como forma de freia-la, utilizam a lealdade adquirida pela posição governista do STF. Na arena eleitoral, o Bolsa Família, hoje atingindo 10 milhões de pessoas, equivale a uma média de 25 milhões de votos.

Manter um governo ancorado na política neoliberal de Palocci e Meirelles, no STF chapa-branca e com apoio popular estruturado em cima de programa assistencialista é um sonoro fracasso da esquerda parlamentar brasileira e latino-americana.

O significado dessa forma de governar e a semelhança com a própria direita a quem se diz combater ou enfrentar, fecha caminhos para ambições de divisão e coalizão de poder vindo de setores eleitorais com ambições de esquerda na América Latina. Os efeitos, além de um profundo ceticismo, pode até ser benéfico a médio prazo. A política institucional a cada dia tem menos poder de mudanças estruturais. Isso abre um terreno para formas experimentais de poder, sob controle popular direto ou compartilhado.

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