José Dirceu vai ao cadafalso para livrar a figura de Lula da reta do problema. Também para dar alguma satisfação a opinião pública; vai para a guilhotina o Ali Babá e livram-se os 40 ladrões.

Tal como ocorrem com os serviços de inteligência, se estes não confrontam os inimigos, terminam por envenenar-se por seus próprios agentes. No momento, o Planalto atira “fogo amigo” em Dirceu, na crônica de uma tragédia anunciada. Enquanto Dirceu vai ao limite, vale sempre lembrar que o índice de confiabilidade dos atores políticos profissionais é de 8% e nos partidos políticos oficiais é de 10%.

Ao pouparem Palocci, os oposicionistas isentam o co-governo em nome da “governabilidade”. Assim, afunda ainda mais no descrédito a capacidade de um brasileiro comum e corrente se identificar com o Congresso Nacional.

Correndo atrás da falta de credibilidade está o STF menemista de Lula, salvo pelo gongo com o voto de Pertence hoje ainda. Tivesse o Sepúlveda votado diferente, o futuro seria tão incerto como a saúde do anão Ricardo Fiúza.

Quando o governo eleito não governa, não tem controle dos recursos nacionais; quandoo Parlamento legisla em causa própria e negocia trocando cada voto por reais e emendas; quando o STF atua como um STJD à moda tapetão, o que resta de “normalidade institucional”?!

Nem o mais capaz dos engenheiros políticos pode gerar um discurso exlicativo de uma engrenagem que não funciona de acordo com seu manual.

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