Entre o passado e o presente, José Dirceu não consegue se escorar nem em sua trajetória, e menos ainda nos seus assessores diretos, José Genoíno, Delúbio Soares, Marcelo Sereno e Sílvio Pereira. Se houve um mensalão, e esta página e este humilde analista pensa que houve, é simplesmente impossível que Dirceu não o operasse e Lula não o sabia.

Também é impossível que um dirigente do cacife de Dirceu não fazer política na interna de seu Partido. É simples e quem faz política sabe como é. Sempre coube a ele, Dirceu, o trabalho sujo. Seja o de expurgar, usar dinheiro de Caixa 2, acordos com Quércia, controlar a máquina partidária com mão de ferro e outros trabalhos afins.

O custo da governabilidade e dos trabalhos de Dirceu foi alto demais para uma trajetória de esquerda. Em outro país, com o elemento povo na rua, este governo já teria caído, sido derrubado, como ocorreu no Equador, Bolívia e Argentina. Inclui-se no custo da governabilidade a ausência de movimentos populares na rua. Ainda e por mais alguns anos, as partes mais significativas dos setores organizados no país estarão sob algum controle do PT, e deste para a intenção de exercício de “governabilidade”, através do co-governo com o Sistema financeiro.

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