Os empresários do setor culpam ao dólar, afirmando que nosso modelo exportador necessitam de um real mais baixo em relação a moeda dos EUA. Culpam também a política do governo chinês, onde a mão de obra é semi-escrava, com jornada mínima de 12 hs/dia, máximo de 15 dias de férias por ano e uma agressividade econômica sem precedente.

Outro grande culpado é a capacidade de defesa da economia nacional. Leia-se, corredores de importação informal com a complacência de muitos “empresários” sino-brasileiros e brasileiros natos mas com capitais na terra de Confúcio. O serviços de inteligência chineses, coordenados com as máfias de Fujian e Guangdong, exportam mão de obra, infiltram dezenas de tríades e regam os mercados internos. Dão um baile semanal na PF. Já aABIN fica de fora da briga, olhando assustada com os olhos esbugalhados. De cada 10 calçados comercializados no país, fechados e novos, 3 são ou de contrabando ou de sonegação.

Trata-se de um problema de fundo. O modelo chinês tende a rivalizar com os Estados Unidos. Aos mandarins do Estado e das empresas de capital misto de lá, pouco ou nada importam as considerações a respeito de um ramo industrial. A fúria brasileira, em especial a dos calçadistas gaúchos, parece ter encontrado adversário superior.

A 10 anos atrá,com as primeiras consolidaçõesdo Mercosul; todo este setor produtivo na Argentina foia pique com o avanço brasileiro. A indústria do couro encontra a Argentina como base exportadora de matéria prima, terminando por eliminar a indústria calçadista argentina.

Agora, o dragão chinês vem cuspindo fogo e cremando ao modelo agro-exportador.

Termina-se por uma dúvida de fundo teórica: ” é possível um desenvolvimento nacional com alguma margem de independência sem um forte mercado interno que o sustente?!”

A nossa posição, é NÃO.

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