José López Rega, policial e bruxo de Maria Estela e Domingo Perón em seu tristemente célere segundo governo. Encarna as mais terríveis tradições da Conquista.

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O sequestro relâmpago por comandos civis ou paramilitares ressuscita na Argentina o pacote completo e fantasmagórico. Los gordos, la Banda, los muchachos de las 62, enfim, a eminência parda do bruxo José López Rega e o legado do pior do Peronismo. É interessante observar o jogo político de transversalidade operado por Kirchner, sua esposa Cristina Fernández e associados. Paralelamente, cresce o entrevero de barras-brava, seguranças e guarda-costas. Enfim, a política argentina segue mais argentina que nunca.

Este ritual implica na forma de fazer política do legado de Perón, passa por massas em disponibilidade, relação direta e inorgânica entre dirigentes e bases, sem constarem muitas instâncias de participação. O custo é algum atendimento de demandas e passível de pressões diretas e pouco lícitas. Parte deste rito, foi sofrido na 6ª dia 2 de março por Carlos Leiva, coordenador do MTD de Lanús, no conurbano Bonaerense e pertencendo a Frente Popular Darío Santillán. Foi “levantado” no caminho para uma reunião e por pouco não se torna “boleta”. Ou seja, por pouco não encontra Darío, Maxi e Santucho no fundo do Riachuelo.

Néstor Carlos Kirchner, ex-corretor imobiliário da província de Santa Cruz e funcionário da transnacional de España Repsol (também presente no Rio Grande), caminha a passos largos a fazer da Casa Rosada e da Presidência um grande condomínio. Se por acaso houver vizinhos indesejados, entra em ação o serviço público cujas entranhas não são para nada publicáveis, a operar de maneira semi-formal com hordas de Patotas, de modo a manter o rito como o de sempre.

Uma medida simples como o concurso público anônimo e universal possa ser uma primeira saída para ajudar a sanear o aparelho de Estado da Argentina. Enquanto isso é bom que a militância ainda independente do governo, se cuide, e muito.

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